Cerca de 20 mil armas estão nas mãos dos vigilantes das empresas de segurança privada no Estado do Rio. A informação foi passada pelo superintendente regional da Polícia Federal, Valmir Lemos de Oliveira, nesta segunda (13), durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Alerj que investiga o tráfico de armas, munições e explosivos. O policial admitiu que o efetivo de 1.300 homens da PF no estado é pequeno para vistoriar as 256 firmas de segurança privada cadastradas na corporação, já que, hoje, elas somam 240 mil profissionais.
“Ficou evidente que a estrutura da Polícia Federal no Rio é completamente insuficiente para combater o tráfico de armas no estado. A Delegacia de Armas tem dois delegados. Eles trabalham em condições precárias, e setores como a segurança privada e o controle das lojas passam pela PF. Com essa estrutura de trabalho, não é possível fazer muita coisa”, avaliou o presidente da CPI, deputado Marcelo Freixo (PSol), argumentando que as empresas privadas deveriam fazer a segurança complementar da segurança pública. “Não há sequer como eles fiscalizarem a utilização de munição recarregada”, completou.
Acompanhado dos delegados Anderson de Andrade Bichara, Carlos da Silveira Thomara e André João Oliveira, o superintendente da PF, que está no cargo há pouco mais de um mês, revelou que atualmente há um esforço no sentido de identificar as empresas de vigilância que atuam na irregularidade. “O número apresentado não quer dizer que todos os vigilantes estão exercendo suas atividades ou que todas as empresas utilizem essa mão-de-obra. Estamos trabalhando para identificar algum gargalo que possa gerar irregularidades”, disse Oliveira, revelando que é preciso investir mais em Inteligência.
Segundo o delegado, é função da PF cadastrar e fazer o credenciamento das armas, além de combater o tráfico internacional. O policial explicou, por sua vez, que os vigilantes das empresas de segurança devem fazer um curso de reciclagem a cada dois anos, o que é uma forma de controlar a atividade. “Aquele que apresenta algum problema psicológico ou esteja respondendo a inquérito criminal é descredenciado de sua função”, revelou o policial, dizendo que há uma preocupação com uma limitação maior para o funcionamento das empresas de segurança.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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