segunda-feira, 22 de agosto de 2011
FALTA DE PISO SALARIAL PROVOCA ÊXODO DE MÉDICOS NA BAIXADA
A ausência de um piso salarial regional na área de saúde é uma das principais causas da falta de médicos na Central de Regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência da Baixada Fluminense. O problema foi apresentado por representantes do Consórcio Intermunicipal de Saúde da região, nesta segunda (22), durante audiência pública na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. “Programas criados recentemente, como as UPAs, por exemplo, estão aumentando o valor de mercado dos profissionais que atuam especialmente nas urgências e emergências”, relatou a secretária executiva do Cisbaf, Rosângela Rabello.
O presidente da comissão, deputado Bruno Correia (PDT), informou que o colegiado já desenvolve um projeto de lei que visa a nivelar os salários da categoria nos municípios do estado. Criado em 2000, o objetivo do Cisbaf é encontrar soluções para problemas comuns na área de saúde. A central de regulação foi uma política pública implantada pelo consórcio, que hoje reúne 12 municípios: Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João de Meriti e Seropédica. “Os recursos do Ministério da Saúde são de apenas R$ 19 mil por mês. Isso só atende os custos de telefonia”, explica Rosângela.
Segundo ela, a solução para a escassez de verbas foi dividir o recursos humanos entre as prefeituras de acordo com a densidade populacional. “Seria interessante um esforço do legislativo para que tenhamos um piso regional e uma participação do Governo do Estado nos custos do Samu”, disse ela, salientando ainda que a região carece de hospitais de grande porte. E completa: “temos os hospitais da Posse, Saracuruna, Juscelino Kubistchek e Nossa Senhora do Carmo, enquanto a capital possui 17. É uma discrepância que se acentua quando comparamos a densidade populacional da capital – com seis milhões de habitantes – com a dos 12 municípios juntos, que possuem 3,8 milhões habitantes”.
Coordenador do Samu, Antônio Dieb revelou que uma das medidas adotadas para melhorar o atendimento do programa é ampliação da Central de Regulação, localizada em Nova Iguaçu, cujos recursos já foram liberados pelo Ministério da Saúde. No final deste mês, também deve ser definida, por meio de edital, a empresa que ficará responsável pelo reparo das ambulâncias. Também serão adquiridos uniformes, colchões e equipamentos para as unidades móveis, bem como colares para cervical, pranchas e macas. “Acompanharemos as ações do Cisbaf para normatizar o atendimento do Samu. Agora vamos estudar uma forma de a Alerj colaborar com bom andamento do programa, que é de suma importância para Baixada Fluminense”, ressaltou o deputado Bruno Correia.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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