A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta segunda (22) que os protestos contra a construção de Belo Monte são “de uma minoria”.
Ela disse todos que possuem uma visão técnica, e não ideológica, serão convencidos da necessidade da hidrelétrica no Rio Xingu, no Pará.
A ministra diz que Belo Monte será exemplo de implantação “com respeito social e ambiental”. A ministra ainda adiantou que o governo divulgará uma portaria em setembro com o objetivo de acelerar os processos de licenciamento ambiental para novas hidrelétricas.
Para o presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Dom Erwin Krautler, o governo “falseia a realidade” ao dizer que os protestos contra a obra são de uma minoria. Para ele, os protestos refletem as reivindicações de “um povo desesperado”.
Ele conta que indígenas e ribeirinhas estão extremamente preocupados com a diminuição do fluxo de águas, o que deve provocar o deslocamento de populações. Dom Erwin Krautler afirma que a “política do governo é um rolo-compressor” sem possibilidades de diálogo.
Krautler, que vive na região afetada pelas obras, disse que há muita insegurança na região. Para ele, o preço das indenizações pagas aos moradores para deixarem as terras são somas irrisórias.
A ministra falou sobre Belo Monte durante o evento "Hidrelétricas: as necessidades do País e o respeito à sustentabilidade”, promovido pela revista Carta Capital em São Paulo.
As declarações foram dadas após a realização do Ato Mundial contra a Construção da Hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Pelos menos 16 países e 18 cidades brasileiras realizaram manifestações.
pulsar/brasildefato
Edição: Camilo Borges
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