O inevitável aumento
do tráfego aéreo e as falhas na infraestrutura dos aeroportos do
Estado do Rio de Janeiro foram os principais temas abordados na
primeira reunião ordinária da Comissão Especial da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que acompanha o processo de revitalização
da prestação de serviços públicos de transporte aéreo nos
aeroportos fluminenses. O encontro, realizado nesta quarta
(25), no Palácio Tiradentes, contou com a presença
de representantes de empresas, que explicaram a atual situação da
indústria aeroviária. “Quero ressaltar que a explicação dos
fatores de funcionamento é fundamental para permear o trabalho de
nossa comissão”, frisou o presidente do colegiado, deputado Samuquinha (PR).
O diretor técnico do
Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Ronald Jenkins,
explicou, por meio de uma apresentação em slides, a atual situação
das empresas aéreas e dos aeroportos do Rio, além de citar um
grande aumento no número de usuários de transportes aeroviários.
“O aumento das frotas aéreas de pequeno porte no Sudeste é
evidente e isto ocorre, principalmente, pela maior utilização de
transportes aéreos pelas classes C e D, que, atualmente, trocaram as
viagens de ônibus pelas de avião. É fato que, enquanto o número
de aeronaves disponíveis dobra de dez em dez anos, o de passageiros
dobra de sete em sete meses”, contou o diretor.
Outro fato abordado com
destaque durante a reunião foi a atual situação do Aeroporto
Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, que, segundo Jenkins, tem
falhas estruturais, mas é o único aeroporto do País avaliado
positivamente por analistas internacionais. “O Galeão possui
algumas falhas sérias em sua infraestrutura que são corrigíveis.
Elas vão desde um número baixo de aparelhos de raio-X e falhas nos
sistemas de áudio e de comunicação com o passageiro na sala de
espera até a pouca estrutura para o trabalhador do aeroporto, como
banheiros ou salas de descanso”, pontuou o diretor, frisando que,
“apesar destas situações, o Galeão é o único aeroporto do
Brasil que se encontra acima da média internacional de atendimentos
aeroportuários”.
A apresentação do
diretor do SNEA foi reforçada por representantes da Gol Linhas
Aéreas e da Trip, que se colocaram à disposição para contribuir
com os trabalhos da comissão. Ao final do encontro, Samuquinha
garantiu analisar os problemas expostos e convidar representantes da
Agência Nacional de Aviação Civil e da Empresa Brasileira
de Infraestrutura Aeroportuária para uma nova reunião.
“Após a esclarecedora apresentação de Ronald Jenkins, a comissão
se sente preparada para buscar novas opiniões, principalmente dos
órgãos que são responsáveis pela gerência dos aeroportos e
transportes aeroviários do estado”, concluiu o parlamentar.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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