A Comissão de Minas e
Energia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo
deputado Rafael do Gordo (PSB), enviará a ata da audiência pública
sobre a ampliação do Terminal Marítimo da Baía da Ilha Grande ao Governo do estado. “Acredito que as opiniões
apresentadas nesta audiência contribuirão para o debate desta
questão, que é de grande importância para o estado do Rio, e devem
ser conhecidas oficialmente pelo Poder Executivo”, argumentou o
deputado Gustavo Tutuca (PSB), que sugeriu o encontro à comissão. O
secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, participou da
reunião, nesta quinta (03), e defendeu o não licenciamento
das obras de ampliação devido aos impactos negativos na
biodiversidade, no turismo e na pesca da região.
“A Baía da Ilha
Grande abriga o parque estadual mais importante do estado. É nossa
obrigação não deixar que os impactos negativos desse
empreendimento cheguem ao ponto de poluir as baías de Sepetiba e da
Guanabara”, afirmou o secretário. Diante de manifestações contra
a construção de um novo porto de petróleo na Praia da Reserva, em
Maricá, Minc reiterou que não há relação entre os dois projetos.
“Nenhum estudo foi feito sobre o projeto deste porto”, enfatizou.
As secretarias de Estado do Ambiente, de Desenvolvimento Regional e
de Desenvolvimento Econômico fazem parte do Grupo de Trabalho
criado por Decreto, de 24 de abril, cuja função é formular
um parecer conjunto sobre a viabilidade ecológica e econômica do
projeto de expansão do Tebig.
Durante a audiência, o
prefeito de Angra dos Reis, Tuca Jordão, criticou a ausência do
município no GT e defendeu a ampliação do terminal. “Angra vai
ser a maior prejudicada com a ausência dessas obras. As operações
já acontecem há 35 anos sem nenhum acidente e temos os meios
técnicos para provar a viabilidade destes empreendimentos”,
argumentou. Segundo o coordenador executivo de Desenvolvimento e
Logística da Petrobras Transporte S.A, a Transpetro, Paulo Pechinna,
o projeto atende todos os quesitos analisados pela empresa –
análise econômica, tempo de viabilidade e conformidade com as
questões ambientais. “Com a ampliação do terminal, o Tebig irá
se tornar o principal terminal exportador do País”, destacou.
O coordenador falou
mais sobre a obra. “Esse terminal que já existe possui uma área
própria total de 5 milhões de metros quadrados, mas só utiliza 25%
desse terreno. Parte do projeto de expansão constava da ideia
original de construção do terminal, que é da década de 70”,
pontuou Pechinna. Ele acrescentou que, com a nova demanda do pré-sal,
torna-se fundamental uma outra adequação aos volumes diários de
petróleo que serão movimentados na região. Presente na audiência,
o senador Lindbergh Faria (PT/RJ) defendeu a ampliação do Tebig.
“Minha presença aqui se justifica para que eu possa ajudar na
interlocução com o governador Sérgio Cabral e os secretários
envolvidos. Também levarei as demandas a eles”, esclareceu.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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