sábado, 29 de setembro de 2012

PAULO MELO DEFENDE PLANEJAMENTO ARTICULADO DA REGIÃO METROPOLITANA EM EVENTO NA ALERJ‏

Problemas sendo encarados de forma coletiva, com parcerias entre as três esferas de poder da federação. Defendendo esta tese, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado Paulo Melo (PMDB), deu início, nesta sexta (28), ao terceiro encontro “Diálogos Metropolitanos”, realizado pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado. "Não são problemas isolados de um município ou outro. O estado do Rio tem que inovar, sendo um grande coordenador das ações. Os investimentos na Região Metropolitana acontecem de maneira alucinante. Esse é um problema do Rio, de São Gonçalo, da Baixada, Itaborai, etc. É necessário uma política bastante articulada. A Alerj tem um papel fundamental nesse processo, até porque nós aprovamos aqui na casa todo tipo de lei, em especial empréstimos. O Rio de Janeiro tem uma situação fiscal muita tranquila e nós aprovamos mais de R$ 14 bilhões em empréstimos para o estado", comentou Melo.

Dentre os projetos aprovados pela Alerj, o presidente destacou a concessão, do Estado para a Prefeitura do Rio, do saneamento básico em Santa Cruz, entre outros pontos, como a logística para garantir o escoamento da produção fluminense. "Em Itaboraí, o problema é o mesmo de São Gonçalo, que vai sofrer muito com o Polo Petroquímico de Itaboraí. Esse é um problema de logística. Temos que ligar essas cidades, ter uma logística de escoamento. E aí entra a RJ-109, ou Arco Metropolitano, uma grande obra de mais de R$ 1 bilhão. A Alerj tem um papel preponderante e o Governo do estado precisa ser o articulador. Temos que tratar o problema como um todo", diagnosticou o parlamentar. As mesas de reunião do evento acontecerão até as 17h, no plenário da Alerj, e visam a definir a governança ideal para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
 
O deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP), autor da primeira proposição legislativa sobre o tema, o Estatuto da Metrópole, que define critérios para a organização dos municípios em regiões, também defendeu as ações coletivas, mas considerou as melhorias ainda distantes da realidade. "Infelizmente falta muito ainda. Primeiro uma presença maior dos governos estaduais. Segundo, uma compreensão maior dos municípios, prefeitos e das câmaras municipais. Precisamos saber que essa é uma atividade que só pode ser coletiva e que extrapola os limites das cidades. Sem a participação da União é impossível desenvolvermos projetos, obras ou serviços, que são fundamentais para o desenvolvimento dessas cidades", comentou o palestrante. "Precisamos de um modelo que possa implementar as políticas compartilhadas entre os municípios o estado e a união", concordou Sérgio Ruy Barbosa, secretário de Estado de Planejamento e Gestão do Rio de Janeiro.
 
De acordo com Walter Feldman, 90% das favelas brasileiras estão nas regiões metropolitanas e quase 100 milhões de brasileiros vivem nesses centros. "O Brasil se tornou urbano em muito pouco tempo. Hoje quase 90% do Brasil é urbano, apesar do agronegócio ser muito importante para a economia brasileira. O processo de urbanização foi polarizado pelas regiões metropolitanas. Não há integração social e econômica sem integração territorial", comentou o deputado federal, que defendeu ainda a integração entre o plano diretor estadual, os planos diretores municipais, as leis orçamentárias, as leis de diretrizes orçamentárias e os planos plurianuais de cada ente. "Ou seja, é um trabalho que o Brasil não tem experiência. Precisamos trabalhar juntos tendo em vista o bem do cidadão", concluiu. 

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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