quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

CPI PEDE RELATÓRIO FINANCEIRO DE FACULDADE COM CONVÊNIOS NO EXTERIOR

Ouvido nesta terça (19) em reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que investiga denúncias contra universidades particulares do estado, o diretor-geral da Faculdade Internacional Signorelli, Hércules Pereira, comprometeu-se a entregar ao presidente da CPI, deputado Paulo Ramos (PDT), relatórios financeiros com a contabilidade da instituição de ensino. De acordo com o pedetista, há denúncias envolvendo o repasse de dinheiro para universidades situadas em outros países, como a Argentina, o Chile e a Espanha, e o não pagamento de professores envolvidos em atividades extracurriculares. “Ele (Pereira) ficou de nos entregar os números até a próxima terça-feira (26)”, completou Ramos.

O parlamentar comentou também que os diplomas que estão sendo conferidos para os cursos realizados em parceria com instituições estrangeiras não estão sendo reconhecidos pelo Ministério da Educação brasileiro. “Essa instituição conta apenas com dois cursos presenciais no Brasil: Administração e Pedagogia. O resto é feito em parceria com outras universidades estrangeiras ou através do ensino à distância”, informou o presidente da CPI, frisando que a comissão tem recebido muitas denúncias que dão conta do que chamou de “mercantilização do ensino superior no estado”.
Pereira foi questionado ainda sobre a remuneração extra que não estaria sendo paga aos professores que participam de reuniões acadêmicas chamadas de Programa de Atualização Continuada. Ao ser indagado sobre o motivo de não haver pagamento para os participantes dessas palestras, o diretor respondeu que o PAC é facultativo e realizado durante o período letivo. O professor garantiu, no entanto, que irá averiguar possíveis irregularidades junto à Diretoria Acadêmica que coordena o programa. “Desconheço a ocorrência de uma situação assim”, reforçou.

Quanto ao salário dos professores de cursos presenciais, dos que trabalham em mais de uma área de atuação e dos tutores do ensino à distância, Hércules Pereira disse que os vencimentos estariam descritos nos relatórios que serão enviados para a CPI. Ele enfatizou que os tutores não são professores e, por isso, não recebem por hora/aula, mas de acordo com o serviço que prestam à universidade, o tutor pode auxiliar alunos através do ensino à distância, em projetos pedagógicos ou prestando atendimento na unidade.

Sobre o ensino à distância, o diretor-geral falou da parceria entre sua instituição e as Faculdades Integradas de Jacarepaguá para a criação de uma plataforma online de oferta de cursos. “O proveito é para a instituição, que desenvolve, por exemplo, projetos em conjunto. Tanto a Signorelli quanto a FIJ são credenciadas no ensino à distância, mas oferecem webaulas distintas”, explicou o diretor. “Temos muita preocupação com o crescimento desordenado desse tipo de ensino”, completou Ramos. 

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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