Ouvido nesta
terça (19) em reunião da Comissão Parlamentar de
Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que
investiga denúncias contra universidades particulares do estado, o
diretor-geral da Faculdade Internacional Signorelli, Hércules
Pereira, comprometeu-se a entregar ao presidente da CPI, deputado Paulo Ramos (PDT), relatórios financeiros com a contabilidade da
instituição de ensino. De acordo com o pedetista, há denúncias
envolvendo o repasse de dinheiro para universidades situadas em
outros países, como a Argentina, o Chile e a Espanha, e o não
pagamento de professores envolvidos em atividades extracurriculares.
“Ele (Pereira) ficou de nos entregar os números até a próxima
terça-feira (26)”, completou Ramos.
O parlamentar comentou
também que os diplomas que estão sendo conferidos para os cursos
realizados em parceria com instituições estrangeiras não estão
sendo reconhecidos pelo Ministério da Educação brasileiro. “Essa
instituição conta apenas com dois cursos presenciais no Brasil:
Administração e Pedagogia. O resto é feito em parceria com outras
universidades estrangeiras ou através do ensino à distância”,
informou o presidente da CPI, frisando que a comissão tem recebido
muitas denúncias que dão conta do que chamou de “mercantilização
do ensino superior no estado”.
Pereira foi questionado
ainda sobre a remuneração extra que não estaria sendo paga aos
professores que participam de reuniões acadêmicas chamadas de
Programa de Atualização Continuada. Ao ser indagado sobre o
motivo de não haver pagamento para os participantes dessas
palestras, o diretor respondeu que o PAC é facultativo e realizado
durante o período letivo. O professor garantiu, no entanto, que irá
averiguar possíveis irregularidades junto à Diretoria Acadêmica
que coordena o programa. “Desconheço a ocorrência de uma situação
assim”, reforçou.
Quanto ao salário dos
professores de cursos presenciais, dos que trabalham em mais de uma
área de atuação e dos tutores do ensino à distância, Hércules
Pereira disse que os vencimentos estariam descritos nos relatórios
que serão enviados para a CPI. Ele enfatizou que os tutores não são
professores e, por isso, não recebem por hora/aula, mas de acordo
com o serviço que prestam à universidade, o tutor pode auxiliar
alunos através do ensino à distância, em projetos pedagógicos ou
prestando atendimento na unidade.
Sobre o ensino à
distância, o diretor-geral falou da parceria entre sua instituição
e as Faculdades Integradas de Jacarepaguá para a criação de
uma plataforma online de oferta de cursos. “O proveito é para a
instituição, que desenvolve, por exemplo, projetos em conjunto.
Tanto a Signorelli quanto a FIJ são credenciadas no ensino à
distância, mas oferecem webaulas distintas”, explicou o diretor.
“Temos muita preocupação com o crescimento desordenado desse tipo
de ensino”, completou Ramos.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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