quarta-feira, 27 de março de 2013

COMISSÃO SE UNE A SINDICATOS PARA LEVAR CONFLITO SOBRE PISO AO STF

O conflito entre os valores de salários definidos pelo piso regional do Rio de Janeiro e pela Constituição Federal será levado ao Superior Tribunal Federal pela Comissão de Trabalho e Legislação e Seguridade Sociais da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e pelas centrais sindicais do estado. A decisão foi tomada, nesta terça (26), durante audiência pública no Palácio Tiradentes. Além disso, um novo encontro será marcado para que o desembargador-relator Cláudio de Mello Tavares, que negou o pedido de liminar, no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, feito por parte da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro contra a emenda à Lei Estadual do Piso, possa comparecer.


A emenda determina que nenhuma categoria profissional que tenha o piso definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo fechado pode receber menos que os valores previstos nas faixas salariais do piso estadual. “Acredito que não seja competência do TJ-RJ decidir qual lei deve prevalecer. Vamos reunir a documentação necessária e tentar uma abordagem junto ao STF”, declarou o presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT). “Existem categorias de trabalhadores novas, pequenas, que não têm representação sindical para se defender. Essa é a oportunidade de nos juntarmos em direção a um objetivo comum, que sei que outros estados também querem reivindicar”, disse o presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviço de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro, Eusébio Pinto.

Segundo ele, a lei federal estaria restringindo de modo injusto as possibilidades dos trabalhadores, pois o custo de vida nos diferentes estados do Brasil é “muito desigual para que o salário mínimo fixado pela Constituição seja igualitário”. “Temos o piso regional justamente por essa diferença. Onde está seu sentido se não for cumprido? Nossa argumentação precisa sair bem estruturada do Rio de Janeiro para que outros estados possam seguir o exemplo”, concordou o presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas do Estado do Rio de Janeiro, Diego Torres. “Como deputado eleito pelos trabalhadores, me empenharei para levar a questão do piso salarial regional ao STF o mais rápido possível. As centrais sindicais, que são diretamente interessadas no assunto, também devem se envolver ao máximo”, finalizou Ramos. 

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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