Passados 148 dias desde
a tragédia na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), onde um incêndio
matou 241 jovens e feriu outros 145, os bombeiros do Estado do Rio de Janeiro
interditaram, entre fevereiro e maio de 2013, 192 estabelecimentos
comerciais em todo o estado. Foi o que garantiu o chefe do
Estado - Maior do Corpo de Bombeiros Militar, coronel
Ronaldo Alcântara, durante audiência pública da Comissão de
Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa
do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Iranildo Campos (PSD), nesta
segunda (24). Alcântara afirmou ainda que o CBMERJ vem
realizando 100 vistorias mensais desde o acidente no Sul do País.
Para Iranildo, a Alerj
deve estar atenta para criar leis que auxiliem o trabalho do Corpo de
Bombeiros. “Temos uma das melhores corporações que existem no
Brasil, mas algumas coisas ainda precisam se adequar. Precisamos
fazer um trabalho preventivo muito forte para evitar que desastres
aconteçam”, declarou. “Os oficiais de todos os grupamentos
visitaram todos os estabelecimentos da sua área. Depois, o
comandante geral, coronel Sérgio Simões, determinou que esses
grupamentos realizassem pelo menos uma centena de vistorias mensais a
partir de fevereiro”, complementou Alcântara. O resultado dessas
visitas está disponível no site do CBMERJ. “Isso é interessante,
principalmente, para os responsáveis dos jovens que frequentem esses
lugares, ou qualquer pessoa que queira escolher onde passar o tempo
disponível para o lazer”, alertou o coronel.
Alcântara comentou
que, dos 192 locais interditados, 102 ainda estão fechados, “quase
todos por risco iminente, caracterizado quando a estrutura do local
coloca o frequentador em risco”. “Acontece quando uma das portas
está obstruída ou um extintor vazio, por exemplo”, informou o
militar. “Além disso, divulgamos a necessidade de afixação,
pelos estabelecimentos comerciais, de um cartaz visível que deve
informar a capacidade máxima de cada lugar”, destacou. De acordo
com o deputado Flávio Bolsonaro (PP), membro da comissão de
Segurança e presidente da Comissão de Defesa Civil da Alerj, a
sociedade também é responsável por essas fiscalizações. “Boates
muito cheias, o uso de uma mesma porta para entrada e saída ou
teatros que usam cadeiras móveis para aumentar a capacidade são
situações facilmente identificadas, mesmo por pessoas leigas”,
opinou.
Bolsonaro chamou
atenção para o fato de os cidadãos, sempre que perceberem algo
fora do normal ou qualquer situação de perigo, entrarem em contato
com o Disque Denúncia, através do número (21) 2253-1177.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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