Mais de 120 pontos da
cidade do Rio de Janeiro receberão atividades culturais vinculadas à Jornada
Mundial da Juventude, entre eles o Museu Nacional de Belas
Artes, que receberá obras originais da exposição do Museu
do Vaticano. A informação foi dada pelo gerente do setor de Eventos
Culturais da JMJ, Gustavo Ribeiro, durante uma audiência pública da
Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
realizada nesta segunda (24). “Pessoas que talvez jamais
tenham chance de ir à Itália poderão ver trabalhos de Leonardo Da
Vinci e Michelângelo em sua própria cidade. Além do legado
cultural, acreditamos que um legado estrutural será deixado em
muitos desses lugares, que precisam ser preparados para receber
tantos turistas”, pontuou Ribeiro.
“Receber dois milhões
de jovens é uma grande oportunidade para o País. Além de vir pela
peregrinação religiosa, eles vêm também pelo turismo. Queremos
que as pessoas voltem”, afirmou o presidente da comissão, deputado
Robson Leite (PT), que propôs ao representante do comitê da JMJ a
formatação de um conjunto de ações que possam ser demandadas ao
poder público para absorver o contingente de pessoas na cidade. Para
auxiliar estatisticamente a tarefa, Ribeiro forneceu dados
provenientes da última jornada, que ocorreu em 2011, em Madri,
na Espanha: segundo ele, 36% das pessoas presentes nas atividades
propostas eram turistas, que gastaram cerca de € 172 milhões na
cidade, aproximadamente R$ 503 milhões. No país inteiro, a
arrecadação foi de € 368 milhões, aproximadamente R$ 1,074
bilhão. Ele enfatizou que 78% desses peregrinos jamais haviam ido à
Espanha, e 98% deles responderam que pretendem voltar. “Em Madri, o
lucro do estado superou muito seus gastos”, completou Ribeiro.
“O Pavilhão IV do
Riocentro terá exposições, atividades e apresentações musicais
que enfatizem também a diversidade religiosa, característica
importante do País. Jovens evangélicos, e de outras religiões,
dividirão espaço com os católicos. A marca desse novo século, e
do próprio papa Francisco, é o diálogo”, disse o representante
da Comunidade Canção Nova, Izaías Carneiro. “Os turistas,
portanto, não serão apenas católicos”, enfatizou. “Estamos
mobilizando cerca de 500 voluntários para produzir um roteiro de
visita por 32 igrejas no Rio e em Niterói, ingressos antecipados
para o bondinho do Pão de Açúcar já estão sendo vendidos e sete
trilhas ecológicas estão sendo elaboradas pela União dos
Escoteiros do Brasil. Será um grande festival, não apenas
religioso, mas cultural”, esclareceu Ribeiro.
O deputado Robson Leite
consolidou uma parceria entre a assessoria do comitê da JMJ e a da
Comissão de Cultura. “Qualquer pedido de investimento que precise
ser feito ao governo terá o nosso auxílio. Não podemos explorar
turistas; precisamos, antes de tudo, recebê-los adequadamente”,
finalizou.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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