segunda-feira, 24 de junho de 2013

RIO TERÁ MAIS DE 120 PONTOS DE CULTURA NA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE‏

Mais de 120 pontos da cidade do Rio de Janeiro receberão atividades culturais vinculadas à Jornada Mundial da Juventude, entre eles o Museu Nacional de Belas Artes, que receberá obras originais da exposição do Museu do Vaticano. A informação foi dada pelo gerente do setor de Eventos Culturais da JMJ, Gustavo Ribeiro, durante uma audiência pública da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro realizada nesta segunda (24). “Pessoas que talvez jamais tenham chance de ir à Itália poderão ver trabalhos de Leonardo Da Vinci e Michelângelo em sua própria cidade. Além do legado cultural, acreditamos que um legado estrutural será deixado em muitos desses lugares, que precisam ser preparados para receber tantos turistas”, pontuou Ribeiro.

“Receber dois milhões de jovens é uma grande oportunidade para o País. Além de vir pela peregrinação religiosa, eles vêm também pelo turismo. Queremos que as pessoas voltem”, afirmou o presidente da comissão, deputado Robson Leite (PT), que propôs ao representante do comitê da JMJ a formatação de um conjunto de ações que possam ser demandadas ao poder público para absorver o contingente de pessoas na cidade. Para auxiliar estatisticamente a tarefa, Ribeiro forneceu dados provenientes da última jornada, que ocorreu em 2011, em Madri, na Espanha: segundo ele, 36% das pessoas presentes nas atividades propostas eram turistas, que gastaram cerca de € 172 milhões na cidade, aproximadamente R$ 503 milhões. No país inteiro, a arrecadação foi de € 368 milhões, aproximadamente R$ 1,074 bilhão. Ele enfatizou que 78% desses peregrinos jamais haviam ido à Espanha, e 98% deles responderam que pretendem voltar. “Em Madri, o lucro do estado superou muito seus gastos”, completou Ribeiro.

“O Pavilhão IV do Riocentro terá exposições, atividades e apresentações musicais que enfatizem também a diversidade religiosa, característica importante do País. Jovens evangélicos, e de outras religiões, dividirão espaço com os católicos. A marca desse novo século, e do próprio papa Francisco, é o diálogo”, disse o representante da Comunidade Canção Nova, Izaías Carneiro. “Os turistas, portanto, não serão apenas católicos”, enfatizou. “Estamos mobilizando cerca de 500 voluntários para produzir um roteiro de visita por 32 igrejas no Rio e em Niterói, ingressos antecipados para o bondinho do Pão de Açúcar já estão sendo vendidos e sete trilhas ecológicas estão sendo elaboradas pela União dos Escoteiros do Brasil. Será um grande festival, não apenas religioso, mas cultural”, esclareceu Ribeiro.

O deputado Robson Leite consolidou uma parceria entre a assessoria do comitê da JMJ e a da Comissão de Cultura. “Qualquer pedido de investimento que precise ser feito ao governo terá o nosso auxílio. Não podemos explorar turistas; precisamos, antes de tudo, recebê-los adequadamente”, finalizou. 

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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