sábado, 9 de novembro de 2013

DEPUTADO QUER DISTRIBUIÇÃO DE INSULINA ESPECIAL PARA DIABÉTICOS‏

O deputado Nilton Salomão (PT) vai pedir ao governador Sérgio Cabral (PMDB) o fornecimento de insulinas especiais para os pacientes que sofrem de diabetes mellitus do tipo 1. "O Governo do estado pode conseguir isso através do Orçamento ou até mesmo pelo Fundo de Combate à Pobreza, que acabamos de aprovar aqui na Casa", afirmou Salomão. O anúncio foi feito na audiência pública realizada nesta sexta-feira (08) pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, para lembrar a Semana Estadual de Atenção ao Diabetes.

Hoje, apenas as insulinas comuns (NPH e Regular) são distribuídas gratuitamente pela rede pública de saúde. Segundo a médica endocrinologista Solange Travassos, as insulinas chamadas especiais ou análogas são modernas e mais eficientes por manter o nível de insulina estável no organismo durante todo o dia. "Os análogos de insulina podem não ser necessários para todos os diabéticos, mas são fundamentais para quem sofre do tipo 1, que equivale a menos de 10% do total da população diabética", explicou durante a reunião. Ainda segundo a especialista, "as consequências dos casos de diabetes mal cuidados podem custar mais caro para o Estado do que os medicamentos de última geração". Uma ampola de 3 ml da insulina glargina, tipo especial bastante utilizado, pode custar até R$ 100. "O que queremos é que uma criança que toma seis agulhadas por dia possa ter uma vida melhor utilizando um medicamento que é injetado apenas uma vez por dia", afirmou Salomão. "Queremos atender quem não pode comprar o remédio. Quem tem dinheiro já está comprando", completou.
O presidente da Comissão de Saúde, deputado Márcio Panisset (PDT), destacou a questão da judicialização da saúde como um problema que atrapalha tanto os diabéticos, quanto os gestores públicos. "Quando eu fui secretário de Saúde, em São Gonçalo, enfrentei muita dificuldade. O município nem sempre tem verba disponível para dar aos pacientes certos remédios receitados que não têm na relação do Ministério da Saúde. Com essa falta, muitas pessoas precisam ir à Justiça para conseguir o que precisam", afirmou. Procurador de Justiça do Estado, Bruno Terra disse que recorrer a processos jurídicos deveria ser o último recurso do paciente: “A judicialização não é boa para ninguém. Há cerca de 1.300 processos ativos com pedidos de medicamentos em todo o estado. Isso, além de prejudicar os doentes, sobrecarrega o Judiciário”. 
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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