A Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Alerj se comprometeu em audiência pública, nesta quarta (18), a buscar informações, em âmbito federal, sobre o cenário da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, vinculadas ao Grupo Galileo Educacional. Na última sexta-feira (13), o Ministério da Educação abriu um processo administrativo contra as instituições, impedindo que ambas criem novos cursos, ampliem vagas ou recebam alunos por vestibular. Para o presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PSol), é necessário evitar o descredenciamento, pressionar para a saída do Grupo Galileo Educacional, manter os postos de trabalho, pagar todos os funcionários e melhorar a qualidade educacional. “Estamos à disposição para procurar caminhos que estejam ao nosso alcance para ajudar”, afirmou o parlamentar, que também esteve à frente da CPI das universidades particulares.
O deputado Robson Leite (PT), que foi relator da CPI e preside a Comissão de Cultura da Alerj, concorda com a importância da pressão dos envolvidos em nível nacional. “O Rio tem 46 deputados federais que estarão pedindo votos no ano que vem. Mandem e-mail para todos os deputados, mas para esses 46 em especial. Vocês podem pedir para não descredenciar as universidades”, reforçou o petista, para uma plateia de 150 pessoas. Leite lembrou que, em encontro com Mercadante, o ministro pareceu incomodado com a pressão e não se entusiasmou com o pedido dele para buscar soluções para as universidades. A necessidade de um compromisso do MEC também foi reforçada por Ramos, que pediu ao órgão um representante para acompanhar o caso.
“O MEC não pode se ausentar daqui hoje, tem que dar uma explicação desse processo que eles estão fazendo. Suspender é uma atitude fria, de quem está tentando lavar as mãos, dizer que não faz parte do processo, quando isso não é correto”, criticou o presidente do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região, Wanderley Quêdo. Para o diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro e professor da Universidade Gama Filho, Jorge Amaral, as ações para resolver o conflito têm ser tomadas logo. “Precisamos montar uma estrutura para sobreviver ao recesso. Podemos sofrer com mudanças no ministério logo no começo do próximo ano”, apontou. Ainda de acordo com ele, os formandos do curso precisam, imediatamente, ter a garantia do diploma para entrar no mercado de trabalho.
Já a representante do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Gama Filho, a aluna de Medicina Ana Flávia do Nascimento Silva, ressaltou a falta de atenção ao ensino superior, enquanto faltam profissionais formados. “Falam que faltam médicos no Brasil, mas há 2 mil alunos de Medicina implorando para estudar”, contou. Segundo o representante do DCE da Unidade Sete de Setembro da UniverCidade, Bruno Amaral, há diversas deficiências no campus onde estuda. “Hoje na unidade de Madureira da UniverCidade, só tem dois funcionários. Quem vai garantir a nossa segurança ? Quem vai limpar o banheiro ? Quem vai atender aos alunos ? Quem vai liberar documento ?”, questionou o estudante.
Comunicação Social da Alerj
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