A Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro convocou cinco instrutores do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar para uma audiência pública nesta quinta-feira (05), às 11h. Eles serão ouvidos sobre as circunstâncias que levaram à morte do recruta Paulo Aparecido Santos de Lima, de 27 anos, em novembro, depois de ficar hospitalizado por dez dias após passar mal durante uma sessão de treinamento.
Os cinco instrutores faltaram à última audiência pública da comissão, no dia 28 de novembro, e não enviaram justificativa. Todos foram transferidos de unidade após a internação de Paulo Aparecido. O capitão Renato Martins Leal da Silva está lotado agora no Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas. Já os tenentes Sérgio Batista Viana Filho, Jean Carlos Silveira de Souza, Gerson Ribeiro Castelo Branco e Paulo Honésimo Cardoso da Silva foram transferidos, respectivamente para o Batalhão de Choque, o 38º BPM (Três Rios), o 41º BPM (Irajá) e a Coordenadoria de Inteligência.
O presidente da comissão, deputado Iranildo Campos (PSD), considera fundamental o depoimento dos oficiais. "Não temos dúvidas de que houve um excesso desses oficiais, capitães e tenentes, que foram convidados e não compareceram à audiência pública. Por isso, agora estão sendo convocados", disse o parlamentar. "Após a tragédia que houve com esse aluno, é preciso adequarmos a Polícia Militar aos dias de hoje, parar com os excessos, ter um currículo de educação física adequado. Isso tem que ser corrigido. Nós vamos cobrar", acrescentou.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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