quarta-feira, 11 de junho de 2014

FÓRUM DISCUTE LEI DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA‏

Entraves na aplicação da Lei de Inovação Tecnológica foram identificados durante reunião da Câmara Setorial de Tecnologia do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, na manhã desta terça-feira (10). Entre os problemas estão a não aplicação do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia e o desinteresse em produtos inovadores, produzidos e fomentados com a ajuda do próprio Governo. Para a subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha, a apresentação de casos concretos ajuda no aprofundamento dos pontos necessários para a elaboração de uma proposta de mudança da regra, que poderá ser encaminhada à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
As ações colocadas em prática a partir da norma estadual serão contadas em uma publicação virtual a convite da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. “Fomos convidados para ter uma publicação acadêmica dentro do portal da Uerj. A ideia é cristalizar algumas dessas discussões e do conhecimento que é gerado a partir dessa interação, que é bastante rica e inovadora, uma vez que conseguimos unir a sociedade civil organizada, as empresas, apresentar casos concretos e a universidade que aqui tem um outro papel, de dar respostas do que está acontecendo na vida real”, contou Geiza.
Especialista de projetos tecnológicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Fabiano Gallindo apresentou a necessidade da execução do Conselho, ação prevista na lei, mas que ainda não foi colocado em prática. “Existem vários grupos discutindo inovação separadamente, quando deveriam estar juntos. Por mais que o conselho tenha vários representantes, é importante que uma vez por semestre, pelo menos, todos se reúnam para debater os temas de interesse de cada um, para depois eleger os temas prioritários”, frisou. Ele afirma que essa união traria uma coesão de interesses. “Essas pessoas que são responsáveis pela inovação em diferentes instâncias estariam conversando e propondo um plano diretor de inovação para o estado. Acho muito importante trabalharmos em conjunto para ações e atividades que acontecem em médio e longo prazo”, opinou.
Para a professora associada do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Lia Hasenclever, a norma tem foco maior nos institutos científicos e tecnológicos do que nas empresas, que deveriam ser o principal objeto da lei. “Isso está inadequado, não só para as empresas, como também para os institutos. Elas também estão insatisfeitas com a não-provisão de recursos para a formatação dos Núcleos de Inovação Tecnológica e com o compartilhamento dos recursos das universidades com as empresas. Como isso pode acontecer sem se dar um conflito forte?”, questionou. Lia também discutiu o decreto, que regulamenta a lei. “Vou observar com mais atenção, mas pelo o que eu vi, todos os ponto que deveriam ser discriminados não são. Ele acaba repetindo muitas coisas, não avançando. Acho que o decreto não diz como fazer, ele deveria aprofundar”, concluiu.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

Nenhum comentário:

Postar um comentário