No ano do centenário de José Cândido de Carvalho, um dos patronos das medalhas oferecidas pela Câmara de Niterói, ele será homenageado de forma especial. Por iniciativa do vereador Bruno Lessa (PSDB), membro da Comissão de Educação da Câmara, uma sessão solene será realizada na próxima segunda (04), às 18 horas, no plenário da Casa. Diversos vereadores estarão entregando medalhas e títulos de cidadão niteroiense a personalidades da vida cultural da cidade. Jornalista, contista, poeta e romancista, José Cândido figura entre os grandes nomes da intelectualidade brasileira. O evento tem apoio do Grupo Mônaco de Cultura e da Livraria Ideal, comandados pelo livreiro Carlos Mônaco.
"No ano do centenário do patrono da medalha, juntamente com outros vereadores, vamos prestigiar autores, escritores, poetas, jornalistas e demais personalidades, como uma forma de agradecimento a contribuição de cada um deles à nossa formação profissional e humana. É importante que a leitura seja incentivada, principalmente entre os jovens, esse evento também contribui para isso" ressalta Bruno Lessa.
Entres os agraciados estão Belvedere Bruno e Claudia Cataldi, por indicação de Bruno Lessa; Alba Helena Corrêa e Bruno Marcus Rangel, através de Henrique Vieira (Psol); Dionilce Silva de Faria e Jorge Gandra Mendes, por intermédio de Leonardo Giordano (PT); Alberto Araújo e Luiz Calheiros, pelas mãos de Paulo Eduardo Gomes (Psol); Eneida Fortuna de Barros, Gracinda Rosa da Costa e Paulo Roberto Saad da Silva, sugeridos por Tânia Rodrigues (PDT); e o jornalista Olegário Wanguestel Júnior, que será homenageado pelo presidente Paulo Bagueira (SDD).
A MEDALHA
O então vereador Elmo Jasbick criou, em 1990, a Medalha Escritor José Cândido de Carvalho, através do projeto legislativo 209, de 1989. Introduzida oficialmente pela Lei 1.909/90, tem como dia oficial para entrega 1° de agosto. Cada vereador pode oferecer até duas medalhas a cidadãos brasileiros ou estrangeiros, residentes ou não em Niterói. No caso da José Cândido de Carvalho é oferecida aos que contribuem no engrandecimento sócio-cultural, na erudição literária e na promoção da cultura em suas diversas frentes.
O HOMEM
Campista nascido a 5 de agosto de 1914. Jornalista, contista e romancista foi eleito em 1973 para a cadeira número 31 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo a Cassiano Ricardo, sendo recebido pelo acadêmico Herberto Sales. No livro dos professores Antoane Rodrigues e Jean Pierre Guerra Domingues, “Patronos das medalhas da Câmara Municipal de Niterói”, produzido pelo Arquivo da Câmara Historiador Divaldo Aguiar Lopes, aos oito anos, por doença do pai, Bonifácio de Carvalho, veio morar algum tempo no Rio de Janeiro, quando trabalhou, como estafeta, na Exposição Internacional de 1922.
O JORNALISTA
Com a chamada Revolução de 30, José Cândido inicia sua vida como jornalista, em “O Liberal”. Entre 1930 e 1939, exerceu funções de redator e colaborador em diversos periódicos de Campos, como a “Folha do Comércio” e “O Dia”, onde passou a comentar a política internacional, e ainda a “Gazeta do Povo” e o “Monitor Campista”.
No ano de 1942, Amaral Peixoto, então interventor no Estado do Rio, convidou-o para trabalhar em Niterói, onde vai dirigir “O Estado”, um dos grandes diários fluminenses, e onde passa a residir. Com o desaparecimento de “A Noite”, em 1957, vai chefiar o copidesque de “O Cruzeiro” e dirigir, substituindo Odylo Costa, filho, a edição internacional dessa importante revista. Somente 25 anos depois de ter publicado o primeiro romance, José Cândido publica, em 1964, pela Empresa Editora de “O Cruzeiro”, o romance O coronel e o lobisomem, uma das obras-primas da ficção brasileira, que teve imediatamente grande sucesso. A segunda edição saiu também pela empresa de “O Cruzeiro”.
Ascom CMN
Edição: Camilo Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário