A Associação Pestalozzi de Niterói está ampliando o atendimento para pessoas que sofreram algum tipo de amputação na perna ou no pé para o seu programa de reabilitação, financiado pelo sistema único de saúde. O programa conta com uma equipe multidisciplinar formada por psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e assistente social e tem o objetivo de dar ao paciente todo o suporte técnico pré e pós-amputação, inclusive no acompanhamento para a colocação de uma prótese que, na maioria dos casos, é fornecida pela própria instituição. Os interessados podem procurar a sede da Pestalozzi Niterói na estrada Caetano Monteiro, 857, na localidade de Badu, em Pendotiba, para receber informações de como conseguir o benefício. Informações pelo telefone 21994455.
É o caso de Adão Correa de Matos, 74 anos, que depois de 34 anos, conseguiu finalmente colocar uma prótese na perna esquerda, amputada por causa de uma doença óssea. Na última semana, depois de um tratamento de 12 meses, o paciente teve alta do Centro de Amputados e está preparado para uma nova rotina de trabalho, dessa vez com a prótese. “Ele tem uma vida muito ativa, trabalha nas feiras livres de Niterói e tinha toda a característica para uma boa protetização. Ele relutava em colocar uma prótese e preferia o uso da muleta, mas através do nosso trabalho conseguimos convencê-lo de que ele ganharia qualidade de vida e hoje está totalmente adaptado à prótese”, destaca Ana Paula Ferreira, fisioterapeuta coordenadora do projeto.
Em média os pacientes levam de oito meses a um ano no programa, que também dá apoio àqueles que por várias questões não poderão receber uma prótese. “Para esses pacientes fazemos um trabalho dirigido com fisioterapeuta, psicólogo e terapeuta ocupacional que o preparam para viver a nova realidade e ter independência em tarefas do dia a dia. O importante é que ao passar pelo programa, com ou sem prótese, eles têm um importante ganho em sua qualidade de vida”.
É o caso do aposentado Joel de Souza Leite. Com diabetes, ele teve uma complicação durante o tratamento e teve que amputar a perna esquerda e se prepara para receber uma prótese. Logo após a avaliação, o paciente recebe da equipe de assistentes sociais informações sobre seus direitos a partir da nova realidade. Temas como gratuidade nos ônibus, aposentadoria, pensão e outras questões são abordadas, além do trabalho psicológico, onde o paciente é avaliado e discute a sua nova realidade. Em paralelo tem início o trabalho de terapia ocupacional com a preparação do paciente para atividades ligadas ao dia a dia, e a fisioterapia, que irá preparar o paciente para a protetização ou a vida independente.
“Usamos técnicas de pilates para acelerar o fortalecimento muscular e aumentar a flexibilidade, ganhando etapas no tratamento. Também usamos outros recursos que dificilmente pacientes de programas de amputados têm, como uma plataforma vibratória, para o aumento do tônus muscular e o aparelho de barrapodometria, que faz o teste da pisada, favorecendo uma avaliação completa do modo de andar do paciente para que a prótese possa ser feita sob medida e com a correta adaptação”, explica Ana Paula Ferreira.
Vinícius Martins - Colaborador
Edição: Camilo Borges
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