O Conselho Estadual de Educação e o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro discutiram nesta sexta-feira (15) o ensino técnico oferecido pela rede pública. Pela proposta apresentada pelo presidente do Conselho, Roberto Boclin, a ideia é fazer com que essa modalidade de educação tenha a mesma equivalência do ensino médio, com currículo próprio.
O estudo, intitulado “Reforma da educação profissional técnica: a escola do trabalho”, agradou ao presidente da Comissão de Educação da Alerj, deputado Comte Bittencourt (PPS) e ao coordenador do Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Edmilson Monteiro. De acordo com o presidente do conselho, a mudança melhoraria a qualificação dos estudantes de ensino técnico, mais adequado às necessidades do mercado de trabalho. “Assim, teremos um profissional muito bem preparado, sem contar o forte caráter inclusivo para aqueles alunos que precisam do conhecimento técnico para emprego imediato, que hoje escolhem um Curso superior sem nenhuma finalidade só para ter um diploma”, explica Roberto Boclin.
Segundo ele, apenas 7,8% dos brasileiros optam por esse tipo de ensino, contra 76% na Austrália, 69,7% na Finlândia 69,7% e 51,5% na Alemanha. A proposta prevê ainda que a nova grade curricular seja produzida pelo Conselho, valendo para escolas privadas e públicas.
“O Rio de Janeiro vive um ótimo momento e ter uma política que garanta mão de obra realmente qualificada é algo de extrema necessidade, até para mostrar que é possível intensificar o desenvolvimento econômico do estado através da educação”, afirmou Comte Bittencourt, que pretende levar a ideia para discussão na Comissão de Educação, acrescentando que o Conselho acaba de ganhar autonomia Financeira e organizacional, com a derrubada do veto do governo a projeto de lei, na última terça-feira (12).
Já Edmilson Monteiro, da Uezo, disse que defenderá a integração da proposta na nova lei da instituição, a única na rede pública a oferecer o Curso de tecnólogo, que está sendo formulada: “A inserção desses alunos no mercado de trabalho é quase imediata graças à enorme demanda que existe e por não haver essa mão de obra disponível. Hoje, conseguimos colocar uma leva de 20 profissionais todo ano no mercado, que são rapidamente absolvidos”.
Para a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, a proposta deve ser amadurecida, com mais discussões sobre a ideia, para que o tema seja encaminhado à Comissão de Educação: “Toda proposta que tenta dar uma clareada no cenário e indicar o melhor caminho é importante. O Rio tem o desafio de responder essa demanda gigantesca, dando qualidade a esse processo de ensino e atrelar a educação e o trabalho em uma mesma trajetória, isso é fundamental”.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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