Os frequentadores do Estádio de Atletismo Célio de Barros e do Parque Aquático Julio Delamare receberam, na última terça-feira (12), alternativas para que as práticas esportivas desenvolvidas não sofressem interrupções, por conta das obras nos espaços. Estarão disponíveis as dependências das Vilas Olímpicas de Sampaio e da Mangueira. As duas unidades receberam os professores servidores da Suderj, durante as obras, e estarão aptas para receber os frequentadores a partir da próxima terça-feira (19). O anúncio foi feito durante audiência pública da Comissão de Esporte e Lazer da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
Outra possibilidade, ainda em fase de negociações, será a utilização dos clubes Riachuelo, Maxwell e Vila Isabel, mas para tanto os espaços precisarão disponibilizar piscinas aquecidas para os usuários, que já contam com o Estádio João Havelange, o Engenhão, e o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, na Penha, como locais para treinos. De acordo com a superintendente de Convênios do Escritório de Gerenciamento de Projetos do Governo do Rio de Janeiro, Dulce Botto, a previsão é que as obras no Complexo Esportivo do Maracanã sigam até maio de 2015. “Existe um período exclusivo em que os locais são entregues para o COI, e ele fica encarregado da gestão. Vamos pedir o cronograma porque o prazo, para a gente, é primordial”, enfatizou.
Com as atividades paradas desde maio, o estádio, juntamente com o Parque Aquático, serão adaptados às especificações técnicas do Comitê Olímpico Internacional para os Jogos Olímpicos de 2016. As competições olímpicas de polo aquático acontecerão no Parque Aquático. Já o estádio, que integra o complexo, não será utilizado nos Jogos, porém pode servir de local de treinamento para atletas. O presidente da comissão, deputado Chiquinho da Mangueira (PMN), convocou o encontro como uma oportunidade não só de apresentação das propostas, mas também discutir as alternativas. “Vamos partir para a discussão principal que é a reformulação do Estádio Célio de Barros”, ponderou o deputado.
Segundo o arquiteto Bernardo Malafaia, da Concessionária Maracanã, o projeto do Estádio Célio de Barros está dividido em três eixos. No primeiro plano, as proximidades da Rua Eurico Rabelo terão uma área voltada para comércio e serviços. No subterrâneo do estádio, será inaugurado um estacionamento para atender tanto os eventos de atletismo, como o próprio Estádio do Maracanã em dias de jogos. Estão previstas também arquibancadas de três mil lugares, a duplicação da calçada e a reforma da pista de aquecimento para 80 metros. “Ainda é um projeto em fase inicial. Todas as demais questões serão detalhadas com o desenvolvimento”, disse o arquiteto. A pista de atletismo do Estádio já se encontrava com o uso paralisado durante a Copa do Mundo para servir de parqueamento de equipamentos das emissoras de televisão.
A ideia inicial de demolição completa do Parque Aquático e do Célio de Barros foi embargada pelo Ministério Público, mas a gaiola de arremessos e a torre de controle com a aparelhagem eletrônica chegaram a ser derrubadas. O presidente da Federação de Atletismo do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Lancetta, solicitou maior diálogo com a Confederação Brasileira de Atletismo, para que os espaços não permaneçam fechados à comunidade até após as Olimpíadas. “O nosso esporte é dos mais humildes. É através do atletismo que a gente faz a verdadeira inclusão”, afirmou. Um argumento apontado em favor da reabertura se baseia no precedente do Campeonato Carioca de 2014, que ocorreu no Maracanã já com o Estádio de futebol sob tutela da Fifa.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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