Um livro que reúne a história de personalidades marcantes na trajetória do estado do Rio de Janeiro. Trata-se do Livro dos Heróis do Estado do Rio de Janeiro, que foi inaugurado nesta quarta (10), em evento realizado no Saguão Getúlio Vargas, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. A obra ficará exposta e poderá ser consultada pela população. "Esse é um momento importante para a nossa Casa. Talvez sejamos o primeiro estado que tenha reconhecido os heróis e heroínas que foram importantes na nossa história. O livro é uma forma de promover o nosso passado, relembrando personagens que honraram, principalmente, o Rio de Janeiro, por seus atos", frisou a deputada Inês Pandeló (PT), autora da Lei, que criou o livro.
O Livro dos Heróis destina-se à inscrição de pessoas ilustres que tenham contribuído para a defesa, o progresso ou o desenvolvimento do estado fluminense, do Brasil ou da Humanidade. Os nomes são inscritos através de projetos de lei, que precisam ter o apoio de ao menos 1/3 dos deputados para sua aprovação. Apenas pessoas mortas ou desaparecidas há mais de 50 anos podem ser inscritas no documento. A única exceção de tempo é de Dom Hélder Câmara, morto em 1999. Atualmente, há quatro nomes no livro, além de Câmara: Manuel Congo, líder da rebelião de escravos do Vale do Paraíba, no início do século XVIII; Mariana Crioula, esposa de Manuel, que também liderou a revolta de escravos do Vale; Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira e que dá o nome ao Palácio que abriga a Assembleia Legislativa e Teixeira e Souza, autor do primeiro romance brasileiro, intitulado "O filho do pescador", de 1843.
Representante de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, Márcio Barbosa aplaudiu a iniciativa. "O reconhecimento de personagens da cultura negra tira o negro da invisibilidade, da exclusão. É um passo muito importante no combate contra o racismo. Valorizar a cultura negra é importante, a iniciativa é salutar", declarou Barbosa.
Grupos do movimento negro de cidades do Vale do Paraíba também prestigiaram o evento, com manifestações culturais para celebrar o reconhecimento de nomes da luta pelos direitos do negro no Brasil. Até o recesso dos deputados, em janeiro de 2015, Inês Pandeló pretende incluir no livro, também, o nome de João Cândido, líder da Revolta da Chibata, no Rio de Janeiro.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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