Rio de Janeiro – Termina na próxima quinta-feira (6) a Exposição Guerra e Paz, que traz de volta ao Brasil os painéis de Cândido Portinari que desde 1957 decoram o hall de entrada da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York. De acordo com a direção do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, 30 mil pessoas terão visto a exposição até o último dia.
Os painéis estão sendo exibidos desde o dia 22 de dezembro, em sessões acompanhadas de um filme sobre o pintor e o processo de criação das obras. A dois dias do fim da exposição, centenas de pessoas ainda formam filas à porta da tradicional casa de espetáculos, localizada na Cinelândia, no centro do Rio, aguardando a entrada para as sessões, que ocorrem às 14h, 16h, 18h e 20 h. A entrada é gratuita.
Os dois painéis, que medem cada um 14 metros de altura e 10 metros de largura e pesam 2,8 toneladas, foram colocados no palco do teatro. Em algumas sessões, a afluência de público supera os cerca de 400 lugares da plateia, obrigando a direção do teatro a abrir o acesso a outros setores, como o balcão nobre, onde a visão do palco é mais distanciada.
Para o maestro Silvio Viegas, titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, o interesse pela exposição demonstra o reconhecimento popular da importância de Portinari para a cultura brasileira. “Existe também um resgate histórico ao trazer de novo ao palco a única obra de arte plástica que foi exposta neste teatro”.
Os painéis, que agora retornam ao Brasil para restauro, foram exibidos pela primeira vez em 24 de fevereiro de 1956, no Theatro Municipal do Rio, com a presença do então presidente da República, Juscelino Kubitschek. Doadas pelo governo brasileiro à ONU, que na época construía seu edifício-sede, as duas obras foram colocadas à exposição no dia da inauguração do prédio, em 6 de setembro de 1957.
Consideradas as maiores obras murais de Cândido Portinari, as pinturas têm, no entanto, acesso limitado na ONU aos diplomatas, altos funcionários do organismo e chefes de Estado. Por razões de segurança, os painéis não podem ser vistos pelos milhares de turistas que diariamente fazem visitas guiadas à sede das Nações Unidas.
Para facilitar um maior acesso do público à mostra, que acontece em pleno verão carioca, a direção do Theatro Municipal abriu uma exceção às normas da casa, que não permitem o ingresso na sala de espetáculos de pessoas trajando bermudas, shorts, camisetas sem manga e chinelos.
Agência Brasil
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ResponderExcluirAtt,
Thaís