segunda-feira, 30 de maio de 2011

REBANHO BOVINO DO ESTADO SERÁ VACINADO CONTRA FEBRE AFTOSA EM NOVEMBRO

Até novembro de 2011, toda produção bovina do estado será vacinada contra a febre aftosa. Foi o que anunciou o Secretário de Estado de Agricultura e Pecuária, Christino Áureo, durante apresentação oficial do “Diagnóstico da Cadeia Produtiva de Gado de Corte no Estado do Rio”, nesta segunda (30), no Plenário Barbosa Lima Sobrinho da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. A última campanha de vacinação do gado fluminense aconteceu em novembro de 2010 e serviu para imunizar os animais contra raiva, brucelose e leptospirose. “O Rio de Janeiro completará 15 anos livre da febre aftosa. Sabemos que é uma doença que afeta os rebanhos, diminuindo e comprometendo toda a produtividade. Nosso esforço contra a doença está sendo recompensado, mas precisamos continuar na luta contra o bacilo transmissor”, afirmou Áureo.

A apresentação do estudo foi uma iniciativa do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro. O presidente da cerimônia, deputado Paulo Ramos (PDT), elogiou a participação dos envolvidos e falou da importância do setor para a economia fluminense. “Não há dúvidas de que se trata de um investimento produtivo. Os números comprovam isso, pois mais de 70% da população nacional consomem carne vermelha. A Casa, desde já, coloca-se à disposição para qualquer ajuda, no que diz respeito ao desenvolvimento do setor”, disse o parlamentar.

Realizado entre 2008 e o fim de 2010, através de uma parceria entre a Federação de Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio (Faerj) e a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária, o diagnóstico – pioneiro no Rio de Janeiro – foi criado para servir como fonte de referência para as políticas públicas voltadas para a agropecuária, sobretudo no que diz respeito a investimentos e ações da iniciativa privada. Segundo o presidente da Faerj, Rodolfo Tavares, o trabalho desenvolvido foi satisfatório e atendeu as necessidade dos produtores rurais.

“Nosso objetivo é, através do manejo, intensificar o desfrute desse rebanho, abatendo o gado mais precocemente e, com isso, trazendo mais qualidade para o consumo. Queremos que o produtor consiga, também, gerar mais empregos, para atender um mercado com o poder aquisitivo cada vez mais elevado. Por meio de uma melhor distribuição da cadeia produtiva, desde as atividades primárias de cria e recria até o abate, poderemos ter uma carne melhor para ser consumida no mercado”, explicou Tavares.

Durante o evento, os pecuaristas Jair Ferreira e Carlos Nemnhengruber foram homenageados pela Faerj e pela secretaria. Áureo explicou que a homenagem “traduz o reconhecimento da importância que esses produtores tem para o estado”. “ É importante para nós, também, reconhecer o espaço que o agricultor e o pecuarista possuem no cenário econômico estadual e nacional”, frisou o representante do Executivo. O deputado Sabino (PSC); o presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado (Pesagro), Sílvio Galvão; e o presidente deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Jésus Costa, também participaram do evento.
Febre Aftosa

A febre aftosa é causada por um vírus que atinge animais bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. Entre os sintomas, provoca febre, feridas (aftas) na boca e nos cascos, dificultando a alimentação e a movimentação dos animais, o que leva a uma rápida perda de peso e queda na produção de leite. Além disso, a doença é altamente transmissível. Em função desses fatores, a febre provoca sérios prejuízos aos produtores, com a rejeição da carne bovina pelo mercado internacional, principalmente no países já reconhecidos como áreas livre de febre aftosa.


Comunicação Social da Alerj
Edição; Camilo Borges

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