A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que investiga o tráfico de armas, munições e explosivos vai a Brasília, na próxima quarta (06), para um encontro com a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki. O objetivo da reunião é buscar informações para a CPI e pedir apoio para o projeto de controle biométrico e de digitalização dos depósitos de armas das unidades da Polícia Militar do estado. O anúncio foi feito, nesta segunda (27), pelo presidente da comissão, deputado Marcelo Freixo (PSol), durante reunião da CPI no Palácio Tiradentes, Centro do Rio.
“Entendemos que o projeto encaminhado pela Secretaria de Estado de Segurança tem méritos. O controle digital sobre cada policial, relacionando esse profissional à sua arma, é muito importante, pois aumenta o rigor do controle do poder público sobre os equipamentos, buscando solução para um grande problema no que diz respeito ao tráfico. O sistema de controle biométrico e de digitalização já foi testado no 3º Batalhão da PM, no Méier, e mostrou a sua eficácia”, defendeu o parlamentar.
De acordo com o assessor Parlamentar da PM, coronel Luigi Felipe Guimarães Gatto, o projeto já avançou do 3º Batalhão para o Quartel General e está em fase conclusiva. “O programa funciona vinculando a impressão digital do policial à arma que ele está retirando e ainda permite que a escala de serviço esteja presente para que o policial seja identificado como alguém que está prestando serviço naquele dia. Esse projeto vai facilitar muito o nosso dia a dia, além de evitar medidas correicionais, porque, se o controle for muito rígido, não há espaço para desvio de conduta”, acredita o coronel.
Gatto contou ainda que existem quatro maneiras de o armamento chegar à corporação. “Eles chegam através da Secretaria de Estado de Segurança, por aquisição da própria corporação, por doações feitas pelo Exército ou pela Marinha ou, ainda, através da Resolução 100, que são armas que foram apreendidas e estão à disposição da Justiça”, relatou. Membro da comissão, o deputado Flávio Bolsonaro (PP) acredita que o sistema, além de garantir um melhor controle do armamento, também protege o policial. “Atualmente, esse processo é feito no papel e na caneta, o que dificulta a compilação de dados”, frisou o parlamentar.
Bolsonaro também comentou que a PM está se esforçando para “dotar esses procedimentos de tecnologia, buscando as formas que mais se adequam à realidade de cada batalhão”. “Facilita, por exemplo, saber a quantidade de munição ou qual armamento cada policial usou em serviço, afinal são três turnos que acontecem por dia nos batalhões da PM”, lembrou.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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