Moradores desabrigados,
prejuízo dos comerciantes e falta de assistência do poder público
foram as principais queixas dos moradores de Teresópolis que
sofreram com as chuvas de abril. Responsável por buscar
providências, uma Comissão de Representação da Alerj, presidida
pelo deputado Luiz Paulo (PSDB), prometeu levar as reivindicações
aos órgãos competentes. “No bairro Santa Cecília, houve um
escorregamento de terra, uma pessoa morreu, casas foram interditadas
e o local, evidentemente, passou a ser área de risco. As outras
áreas afetadas pela tragédia de 2011 estão no mesmo estado: sem
novas habitações, carências com o Aluguel Social, contenções de
encostas para serem feitas e problemas com a dragagem de rios e
outras reconstruções”, indicou o parlamentar.
Primeiro bairro
visitado pelos parlamentares, Santa Cecília tem hoje 50 famílias
com suas casas em área de risco, além do saldo de uma morte durante
as chuvas de 6 de abril. “Procuramos a prefeitura, mas não
encontramos respostas. A comunidade ficou sem luz e sem água. A
única escola que temos aqui ficou fechada. Logo depois das chuvas, a
Defesa Civil veio e entregou os laudos de interdição. Só que,
hoje, ninguém mais aparece por aqui”, contou a moradora e
presidente da Associação de Moradores de Santa Cecília, Maria
Aparecida Cidinha, que lembrou que o bairro não conta com o sistema
de alerta por sirene.
Já no Centro, os
comerciantes contabilizaram um prejuízo estimado em R$ 15 milhões.
O gerente de farmácia Thiago Vieira pontuou seus problemas. “Iríamos
fazer a inauguração do novo espaço da loja quando a chuva veio.
Foram quase R$ 200 mil de prejuízo com produtos, móveis e
estrutura. É a segunda vez que as chuvas castigam as lojas desse
jeito”, disse o empresário, que lembrou as enchentes de 2002, que
também afetaram o Centro de Teresópolis. Os deputados visitaram
ainda uma creche municipal e o Ciep Professor Amaury Amaral dos
Santos, nos bairros Quinta Lebrão e Fischer, respectivamente.
As duas instituições
estão interditadas, as crianças permanecem sem estudar e os pais
não têm onde deixar seus filhos para ir ao trabalho. Durante a
diligência, o prefeito de Teresópolis, Arlei de Oliveira Rosa,
contou sobre o trabalho realizado após as chuvas. “Hoje, a maior
dificuldade é a questão habitacional. É importante a presença da
Comissão da Alerj para nos ajudar na cobrança. Apesar de toda a
dificuldade, conseguimos limpar toda a cidade em dois dias e fazer
com que ela voltasse a sua vida normal. O Centro foi muito afetado.
Agora, é dar foco na questão das habitações para que a população
não sofra mais”, disse o prefeito.
“A partir de agora,
vamos ouvir as secretarias de Estado de Obras e de Assistência
Social, principalmente, para cobrarmos sobre o principal problema,
que é a situação dos desabrigados. Também precisamos cobrar sobre
as indicações feitas no relatório final da CPI da Serra da Alerj,
que, até agora, não foram atendidas”, ponderou o deputado Rogério
Cabral (PSD). Também participou da vistoria da Comissão de
Representação da Alerj que visa a acompanhar a atuação e os
investimentos a serem realizados pelos Governos federal, estadual e
dos municípios envolvidos na catástrofe – em particular, as
intervenções recomendadas pelo relatório final da Comissão
Parlamentar de Inquérito da Serra – o deputado Nilton
Salomão (PT).
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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