quinta-feira, 26 de abril de 2012

DEPUTADOS VISTORIAM TERESÓPOLIS E COBRAM MELHORIAS DE ATENDIMENTO‏

Moradores desabrigados, prejuízo dos comerciantes e falta de assistência do poder público foram as principais queixas dos moradores de Teresópolis que sofreram com as chuvas de abril. Responsável por buscar providências, uma Comissão de Representação da Alerj, presidida pelo deputado Luiz Paulo (PSDB), prometeu levar as reivindicações aos órgãos competentes. “No bairro Santa Cecília, houve um escorregamento de terra, uma pessoa morreu, casas foram interditadas e o local, evidentemente, passou a ser área de risco. As outras áreas afetadas pela tragédia de 2011 estão no mesmo estado: sem novas habitações, carências com o Aluguel Social, contenções de encostas para serem feitas e problemas com a dragagem de rios e outras reconstruções”, indicou o parlamentar.

Primeiro bairro visitado pelos parlamentares, Santa Cecília tem hoje 50 famílias com suas casas em área de risco, além do saldo de uma morte durante as chuvas de 6 de abril. “Procuramos a prefeitura, mas não encontramos respostas. A comunidade ficou sem luz e sem água. A única escola que temos aqui ficou fechada. Logo depois das chuvas, a Defesa Civil veio e entregou os laudos de interdição. Só que, hoje, ninguém mais aparece por aqui”, contou a moradora e presidente da Associação de Moradores de Santa Cecília, Maria Aparecida Cidinha, que lembrou que o bairro não conta com o sistema de alerta por sirene.

Já no Centro, os comerciantes contabilizaram um prejuízo estimado em R$ 15 milhões. O gerente de farmácia Thiago Vieira pontuou seus problemas. “Iríamos fazer a inauguração do novo espaço da loja quando a chuva veio. Foram quase R$ 200 mil de prejuízo com produtos, móveis e estrutura. É a segunda vez que as chuvas castigam as lojas desse jeito”, disse o empresário, que lembrou as enchentes de 2002, que também afetaram o Centro de Teresópolis. Os deputados visitaram ainda uma creche municipal e o Ciep Professor Amaury Amaral dos Santos, nos bairros Quinta Lebrão e Fischer, respectivamente.

As duas instituições estão interditadas, as crianças permanecem sem estudar e os pais não têm onde deixar seus filhos para ir ao trabalho. Durante a diligência, o prefeito de Teresópolis, Arlei de Oliveira Rosa, contou sobre o trabalho realizado após as chuvas. “Hoje, a maior dificuldade é a questão habitacional. É importante a presença da Comissão da Alerj para nos ajudar na cobrança. Apesar de toda a dificuldade, conseguimos limpar toda a cidade em dois dias e fazer com que ela voltasse a sua vida normal. O Centro foi muito afetado. Agora, é dar foco na questão das habitações para que a população não sofra mais”, disse o prefeito.

“A partir de agora, vamos ouvir as secretarias de Estado de Obras e de Assistência Social, principalmente, para cobrarmos sobre o principal problema, que é a situação dos desabrigados. Também precisamos cobrar sobre as indicações feitas no relatório final da CPI da Serra da Alerj, que, até agora, não foram atendidas”, ponderou o deputado Rogério Cabral (PSD). Também participou da vistoria da Comissão de Representação da Alerj que visa a acompanhar a atuação e os investimentos a serem realizados pelos Governos federal, estadual e dos municípios envolvidos na catástrofe – em particular, as intervenções recomendadas pelo relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Serra – o deputado Nilton Salomão (PT).

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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