sábado, 28 de abril de 2012

ESPECIALISTA FALA DE SUPERAÇÃO JAPONESA EM CASOS DE TRAGÉDIAS NATURAIS

Tsunamis e terremotos são fenômenos naturais bem conhecidos pelo povo japonês, e a capacidade de rápida recuperação do país oriental e de suas regiões degradadas é conhecida de todo o mundo. Segundo o especialista Kazuhiko Takemoto, da Universidade das Nações Unidas, viver em harmonia com o meio ambiente é o conceito ideal para se evitar os desastres naturais. Takemoto proferiu a palestra “Iniciativa Satoyama de recuperação de regiões abaladas por tragédias naturais”, nesta sexta (27), no Sebrae/RJ, Centro do Rio, e contou com a presença do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado Paulo Melo (PMDB). O peemedebista afirmou que, aliada ao crescimento vivido pelo estado nos últimos anos, há uma busca permanente pela ampliação de áreas de preservação ambiental no Rio.

“Este crescimento ainda está muito calcado nas indústrias do petróleo, automobilística e siderúrgica, mas há uma busca em aliar esse crescimento ao desenvolvimento de uma economia verde e sustentável”, disse Melo. O parlamentar completou que a apresentação do especialista trouxe para todos a possibilidade de desenvolver novas políticas públicas. “Vamos aliar o desenvolvimento econômico com a proteção do meio ambiente”, afirmou. Durante o evento, uma iniciativa conjunta do Sebrae/RJ, do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, da Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro e do Centro Regional de Expertise, vinculado à Universidade das Nações Unidas, Takemoto explicou que a Iniciativa Satoyama sugere, entre outras propostas, incentivar a adoção de métodos preventivos.

“O uso sustentável dos recursos naturais é o plano de fundo da iniciativa. Podemos reduzir as emissões de CO2 e proteger as comunidades”, lembrou Takemoto, explicando que Brasil e Japão sofreram desastres naturais, onde houve muitas mortes, em 2011. “Viver em harmonia com a natureza é o conceito-chave do que estou falando e pode ser aplicado no mundo todo e reforça a resistência em lidar com desastres repentinos ou graduais”, assegurou. A criação de paisagens, novas formas de ocupação agrícola que possam ser também componentes de proteção à saúde e o incentivo a pequenos produtores de áreas rurais foram lições tiradas durante a apresentação do especialista, segundo a presidente da Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj, deputada Aspásia Camargo (PV).

“Estamos em uma nova era e a missão é essa: precisamos viver em harmonia com a natureza. Tudo o que foi apresentado aqui hoje tem a ver com o Rio de Janeiro e, agora, temos a oportunidade de introduzir na agenda da cidade essa nova visão”, salientou. A parlamentar ressaltou ainda que o grande desafio da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, é transformar essa experiência de sucesso em algo de grande escala. “Precisamos ter instrumentos de ação e um deles é a parceria. O segredo do sucesso é a capacidade de ouvir e transformar o debate em realidade. O agente do desenvolvimento sustentável é o ser humano, cadeias produtivas que envolvam pequenos e grandes parceiros”, defendeu Aspásia.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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