A Comissão de Defesa
dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro vai acompanhar a formulação de políticas públicas, que
serão implementadas pela Secretaria de Estado de Assistência Social
e Direitos Humanos, a partir de abril de 2013, com o objetivo de
atender a cerca de 50 mil jovens que vivem nas comunidades
pacificadas no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito nesta terça
(13) pelo presidente do colegiado, deputado Marcelo Freixo (PSol), durante audiência pública. Os
investimentos, de iniciativa do Governo do estado, contam com
recursos obtidos através de um empréstimo com o Banco
Interamericano de Desenvolvimento, no valor de US$ 60 milhões,
e com uma contrapartida de US$ 24,5 milhões do Executivo.
“São US$ 84 milhões.
É um bom dinheiro e com um bom propósito, mas precisamos saber qual
a qualidade e consistência dessas políticas públicas que serão
construídas e é muito importante que a juventude seja consultada,
que a juventude participe da elaboração dos projetos para onde esse
dinheiro será aplicado. Por isso a comissão vai criar uma
plataforma para acompanhar como esse dinheiro será aplicado”,
contou Freixo. O parlamentar lembrou, ainda, que este espaço de
discussão contará com a participação efetiva dos jovens e de
diversos movimentos sociais.
Superintendente para
Juventude da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos
Humanos, Allan Borges explicou que o programa oferecerá acesso à
escola, atenção à saúde, cultura, esporte, entretenimento e
capacitação profissional, além de dar atenção especial aos
egressos do sistema socioeducativo e do sistema penitenciário e aos
22,7% dos jovens das comunidades que contam com Unidades de Polícias
Pacificadoras e não estudam e nem trabalham. “Cada jovem e cada
ser humano tem o seu desejo, a sua perspectiva de onde quer chegar, e
esse programa se propõe a fazer um acompanhamento de trajetória
personalizada. O programa vai ajudar a mostrar aos jovens os caminhos
a serem percorridos para que esses desejos se concretizem. Um jovem
de classe média pode entrar em uma universidade e depois perceber
que não era bem aquilo o que ele queria. Por que um jovem de uma
comunidade carente também não pode ter essa oportunidade ?”,
questionou Borges.
Representante do Fórum
de Juventude do Rio de Janeiro, Fransergio Goulart defendeu que a
juventude seja ouvida e que tenha o direito de participar. “A
juventude quer mobilidade, cultura, educação, moradia. Temos que
acompanhar para onde serão destinados esses recursos e cobrar as
prioridades”, ressaltou.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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