A Comissão Especial da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que analisa a situação de
policiais civis e militares e bombeiros vitimados em serviço,
presidida pelo deputado Wagner Montes (PSD), constatou nesta terça (13) que a
falta de recursos humanos (médicos e auxiliares), medicamentos e uma
melhor assistência social são os principais problemas enfrentados
por esses agentes da segurança pública e seus familiares. A
comissão se reuniu com o comando da área médica da Polícia
Militar, em um café da manhã realizado no Centro de Fisiatria e
Reabilitação da Policia Militar, em Olaria. "Pudemos constatar que a infraestrutura material e de
recursos humanos que atende ao policial militar que sofreu um
acidente em serviço remete à década de 1970. Hoje, nós temos uma
PM com um efetivo ativo muito maior e, por consequência, um efetivo
de inativos e dependentes muito grande também. Isso mostra como está
a área da saúde da corporação, e como isso prejudica o
atendimento", declarou o relator da comissão, deputado Flávio Bolsonaro (PP).
Durante a visita, os
parlamentares ouviram as demandas de atendimento para cerca de 200
mil pessoas, número aproximado de policiais ativos, inativos e seus
dependentes dentro do sistema de saúde da PMERJ. O parlamentar
contou também como serão os próximos passos do colegiado. "A
comissão vai saber quanto custa suprir estas necessidades; e, com
isso, vamos pleitear, junto à Secretaria de Estado de Planejamento e
Gestão, que esses recursos sejam repassados na íntegra para a
corporação", ponderou. Segundo ele, a comissão fará
audiências para ouvir pessoas que já precisaram deste tipo de
atendimento. "Eu acredito que o problema não seja por má
vontade e sim pelo desconhecimento da real situação. Não podemos
tratar essa questão apenas com números", alertou Bolsonaro.
Um dos pedidos da
comissão junto ao Governo, atendendo uma reivindicação dos
profissionais da unidade, será a realização de novos concursos
públicos para a contratação de 120 oficiais médicos e mais 600
vagas para as funções de técnico em Fisioterapia, auxiliar de
Enfermagem, auxiliar de Odontologia e para operador de Raio X. "O
que preocupa ainda é uma defasagem do número de profissionais de
saúde, principalmente médicos. A conta que temos aponta que para
cada policial que entra na corporação, mais 2,3 dependentes passam
a ser cobertos pelo sistema de saúde da PM, em média. Pensando
rápido, vemos que se 500 policiais entrarem hoje, mais ou menos 1500
novos dependentes serão assistidos pela saúde.
Temos que aumentar
proporcionalmente o número de médicos para atender essa demanda",
explicou o tenente coronel Paulo José Garone, coordenador do Fundo
de Saúde da Polícia Militar.
Já para o sargento
reformado da PM e presidente da Associação de Reabilitação da
Policia Militar, Walter Calixto de Oliveira, o principal problema é
em relação à assistência médica e psicológica. "As
principais reclamações recaem sobre a assistência social, onde
nossos membros necessitam da ajuda do setor. Só que essas melhorias
vêm sendo preteridas ao longo dos anos. Queremos celeridade nesse
acompanhamento aos companheiros", reivindicou Calixto.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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