quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DEPUTADOS COBRAM MELHORIAS PARA POLICIAIS VITIMADOS‏

A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que analisa a situação de policiais civis e militares e bombeiros vitimados em serviço, presidida pelo deputado Wagner Montes (PSD), constatou nesta terça (13) que a falta de recursos humanos (médicos e auxiliares), medicamentos e uma melhor assistência social são os principais problemas enfrentados por esses agentes da segurança pública e seus familiares. A comissão se reuniu com o comando da área médica da Polícia Militar, em um café da manhã realizado no Centro de Fisiatria e Reabilitação da Policia Militar, em Olaria. "Pudemos constatar que a infraestrutura material e de recursos humanos que atende ao policial militar que sofreu um acidente em serviço remete à década de 1970. Hoje, nós temos uma PM com um efetivo ativo muito maior e, por consequência, um efetivo de inativos e dependentes muito grande também. Isso mostra como está a área da saúde da corporação, e como isso prejudica o atendimento", declarou o relator da comissão, deputado Flávio Bolsonaro (PP).

Durante a visita, os parlamentares ouviram as demandas de atendimento para cerca de 200 mil pessoas, número aproximado de policiais ativos, inativos e seus dependentes dentro do sistema de saúde da PMERJ. O parlamentar contou também como serão os próximos passos do colegiado. "A comissão vai saber quanto custa suprir estas necessidades; e, com isso, vamos pleitear, junto à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, que esses recursos sejam repassados na íntegra para a corporação", ponderou. Segundo ele, a comissão fará audiências para ouvir pessoas que já precisaram deste tipo de atendimento. "Eu acredito que o problema não seja por má vontade e sim pelo desconhecimento da real situação. Não podemos tratar essa questão apenas com números", alertou Bolsonaro.

Um dos pedidos da comissão junto ao Governo, atendendo uma reivindicação dos profissionais da unidade, será a realização de novos concursos públicos para a contratação de 120 oficiais médicos e mais 600 vagas para as funções de técnico em Fisioterapia, auxiliar de Enfermagem, auxiliar de Odontologia e para operador de Raio X. "O que preocupa ainda é uma defasagem do número de profissionais de saúde, principalmente médicos. A conta que temos aponta que para cada policial que entra na corporação, mais 2,3 dependentes passam a ser cobertos pelo sistema de saúde da PM, em média. Pensando rápido, vemos que se 500 policiais entrarem hoje, mais ou menos 1500 novos dependentes serão assistidos pela saúde. 
Temos que aumentar proporcionalmente o número de médicos para atender essa demanda", explicou o tenente coronel Paulo José Garone, coordenador do Fundo de Saúde da Polícia Militar.

Já para o sargento reformado da PM e presidente da Associação de Reabilitação da Policia Militar, Walter Calixto de Oliveira, o principal problema é em relação à assistência médica e psicológica. "As principais reclamações recaem sobre a assistência social, onde nossos membros necessitam da ajuda do setor. Só que essas melhorias vêm sendo preteridas ao longo dos anos. Queremos celeridade nesse acompanhamento aos companheiros", reivindicou Calixto. 

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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