O ministro do Meio
Ambiente da Itália, Corrado Clini, foi homenageado, na Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, nesta segunda (05), com a
Medalha Tiradentes, a mais importante comenda do Parlamento
fluminense. Clini recebeu também o título de Cidadão do Estado do
Rio de Janeiro. Para o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo
(PMDB), os serviços prestados em benefício da sustentabilidade
global foram os motivadores das congratulações.”Em primeiro
lugar, essa homenagem é importante pelo trabalho fundamental em
relação ao meio ambiente. O Brasil é de extrema importância no
cenário global. Tivemos a Rio 92 e acabamos de ter a Rio+20 e
contamos com projetos importantes, em especial na área energética.
A Itália tem um cabedal de conhecimento que pode nos oferecer os
subsídios necessários para que possamos implementar políticas
ambientais sustentáveis”, comentou.
Natural de Latina, uma
cidade na região de Lazio, na Itália central, o ministro Corrado
Clini, de 55 anos, é médico higienista formado na Universidade de
Parma e militante ambiental há 30 anos. “Estou muito feliz com
essa homenagem. Esta é uma cidade muito dinâmica e que tem uma
grande oportunidade de mudar e limpar o seu ambiente ao se preparar
para as Olimpíadas. Espero que possamos ajudar nesse processo”,
agradeceu o ministro. Já o embaixador da Itália no Brasil, Gherardo
La Francesca, lembrou do passado de união entre os países. “A
história das relações entre italianos e brasileiros tem 500 anos.
Muitos italianos trabalharam com grande empenho para que esse
maravilhoso País fosse construído. Hoje, contamos com 740 fábricas
italianas produtivas no Brasil. E o meio ambiente é um assunto muito
ligado aos problemas de economia e desenvolvimento industrial”,
lembrou.
Corrado Clini é o
Ministro do Meio Ambiente e da Proteção do Território e do Mar
desde novembro de 2011. Entre os anos de 1978 e 1989, Clini organizou
e dirigiu o Serviço de Laboratório e de Higiene Pública, Medicina
e Segurança de Veneza, criando mais de 150 investigações
ambientais e epidemiológicas em usinas de energia, produtos químicos
e metalurgias. As investigações formaram a base para o
reconhecimento de doenças ocupacionais para centenas de
trabalhadores e favoreceram a mudança de muitos processos
industriais na área de Porto Marghera, para a remoção de fatores
de riscos à saúde e ao ambiente. Por seis anos, ele foi presidente
da Agência Europeia do Ambiente e da Comissão de Saúde, criada
pela Organização Mundial da Saúde e Organização das Nações
Unidas.
O médico também
presidiu o Grupo de Trabalho do G-8 sobre Energias Renováveis,
criado pelos chefes de Estado e de Governo durante encontro do grupo
em Okinawa, no Japão. A força-tarefa, composta por especialistas de
16 países, entre eles China, Índia, Brasil, África do Sul e Arábia
Saudita, além dos países do G-8, e pela Agência Internacional de
Energia, elaborou o primeiro relatório global sobre energia
renovável que forma a base dos programas de energia renovável
lançado em 2002 pela Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento
Sustentável, em Johannesburgo, na África do Sul.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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