terça-feira, 6 de novembro de 2012

MEDALHA É ENTREGUE A MINISTRO ITALIANO MILITANTE AMBIENTAL HÁ 30 ANOS‏

O ministro do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini, foi homenageado, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, nesta segunda (05), com a Medalha Tiradentes, a mais importante comenda do Parlamento fluminense. Clini recebeu também o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro. Para o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), os serviços prestados em benefício da sustentabilidade global foram os motivadores das congratulações.”Em primeiro lugar, essa homenagem é importante pelo trabalho fundamental em relação ao meio ambiente. O Brasil é de extrema importância no cenário global. Tivemos a Rio 92 e acabamos de ter a Rio+20 e contamos com projetos importantes, em especial na área energética. A Itália tem um cabedal de conhecimento que pode nos oferecer os subsídios necessários para que possamos implementar políticas ambientais sustentáveis”, comentou.
Natural de Latina, uma cidade na região de Lazio, na Itália central, o ministro Corrado Clini, de 55 anos, é médico higienista formado na Universidade de Parma e militante ambiental há 30 anos. “Estou muito feliz com essa homenagem. Esta é uma cidade muito dinâmica e que tem uma grande oportunidade de mudar e limpar o seu ambiente ao se preparar para as Olimpíadas. Espero que possamos ajudar nesse processo”, agradeceu o ministro. Já o embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca, lembrou do passado de união entre os países. “A história das relações entre italianos e brasileiros tem 500 anos. Muitos italianos trabalharam com grande empenho para que esse maravilhoso País fosse construído. Hoje, contamos com 740 fábricas italianas produtivas no Brasil. E o meio ambiente é um assunto muito ligado aos problemas de economia e desenvolvimento industrial”, lembrou.
Corrado Clini é o Ministro do Meio Ambiente e da Proteção do Território e do Mar desde novembro de 2011. Entre os anos de 1978 e 1989, Clini organizou e dirigiu o Serviço de Laboratório e de Higiene Pública, Medicina e Segurança de Veneza, criando mais de 150 investigações ambientais e epidemiológicas em usinas de energia, produtos químicos e metalurgias. As investigações formaram a base para o reconhecimento de doenças ocupacionais para centenas de trabalhadores e favoreceram a mudança de muitos processos industriais na área de Porto Marghera, para a remoção de fatores de riscos à saúde e ao ambiente. Por seis anos, ele foi presidente da Agência Europeia do Ambiente e da Comissão de Saúde, criada pela Organização Mundial da Saúde e Organização das Nações Unidas.

O médico também presidiu o Grupo de Trabalho do G-8 sobre Energias Renováveis, criado pelos chefes de Estado e de Governo durante encontro do grupo em Okinawa, no Japão. A força-tarefa, composta por especialistas de 16 países, entre eles China, Índia, Brasil, África do Sul e Arábia Saudita, além dos países do G-8, e pela Agência Internacional de Energia, elaborou o primeiro relatório global sobre energia renovável que forma a base dos programas de energia renovável lançado em 2002 pela Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em Johannesburgo, na África do Sul.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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