sábado, 31 de maio de 2014

CPI QUESTIONA TRABALHOS DA GAFISA APÓS SEGUNDA VISTORIA EM CONDOMÍNIO‏

Três meses depois da última vistoria da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro criada para apurar as causas relativas ao atraso na entrega de imóveis pelas construtoras no estado, o problema com o abastecimento de água no condomínio Quintas do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, zona Oeste do Rio, ainda não foi resolvido. O presidente da CPI, deputado Gilberto Palmares (PT), questionou a continuidade dos trabalhos da Construtora Gafisa, responsável pelo empreendimento. “A Gafisa vende, não entrega no prazo, atrasando mais de dois anos, muda completamente as características do empreendimento e continua tendo permissão para fazer outras construções. Se aqui (no Quintas do Pontal) 91 casas foram entregues com uma série de problemas, como é que a Prefeitura continua dando autorização para um empreendimento desse tipo? Como as concessionárias de serviços públicos, conhecendo esse histórico recente, continuam autorizando novas construções? Essa é uma das questões que vamos cobrar na CPI”, disse o parlamentar.
O Condomínio vistoriado pela CPI possui diversos problemas. Em uma das casas o teto desabou, e na área comum havia um vazamento de água perto da caixa de energia. Além disso, os mesmos defeitos chegam a ser reparados pela construtora diversas vezes, como alega a síndica do Quintas do Pontal, Laura Rodrigues. “Eles entregaram um empreendimento sem fornecimento de água e sabendo disso. Não recebemos nenhuma garantia da própria rede de fornecimento, que é feita com material de péssima qualidade, estoura o tempo todo. A diferença de quantidade de água que chega pelo caminhão pipa e o consumo dos moradores é enorme. A construtora não se importa em detectar esses vazamentos, tem tubulação de esgoto estourando o tempo todo, dentro das casas”, explicou Laura. Ela contou que a rede elétrica foi feita sem supervisão: "Essa noite os condôminos chegaram a ficar sem luz por causa do  estouro de um transformador".
Como forma de tentar resolver o principal problema da falta de água, representantes da Cedae que participaram da vistoria apresentaram um projeto para garantir o fornecimento. “Como as questões envolvem o dimensionamento de um reservatório para atender o problema satisfatoriamente, isso está sendo desenvolvido. Nossa estimativa é de começar a funcionar ainda no início desse semestre, começando com a aquisição elevatória ou pelo menos a cotação dela para que seja instalada e melhore o abastecimento”, explicou o representante da companhia, Luiz Ricardo Menezes.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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