quarta-feira, 11 de junho de 2014

UNIVERSIDADES APRESENTAM RESULTADO DE PESQUISAS À COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DA ALERJ

As universidades estaduais apresentaram para a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, nesta quarta (11), o resultado dos investimentos patrocinados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro nos últimos sete anos, e pediram mais recursos para o desenvolvimento de trabalhos científicos. Por lei, a Faperj arrecada e redistribui para as universidades, por ano, 2% do Produto Interno Bruto estadual.
Apesar disso, o diretor científico da Faperj, Jerson Lima, conta que a comunidade científica deu um grande salto no Rio de Janeiro graças à Faperj. “Hoje em dia, os pesquisadores do Rio de Janeiro têm tido acesso a esses recursos e a maioria, como reconhecem as universidades, tem conseguido resultados positivos. O Estado do Rio cresceu muito no campo da pesquisa. Temos uma fonte de recursos tão ou mais importante que as federais”, explica o diretor.
O destaque do encontro foi a Universidade Estadual do Norte Fluminense, cujo desenvolvimento de pesquisas superou de longe a média nacional. “Avançamos muito nas pesquisas de pós-graduação. Tivemos um crescimento maior do que a média nacional. A universidade cresceu 31%, enquanto a média nacional foi de 22%”, contou o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da instituição, Antônio Teixeira do Amaral.
Segundo o presidente da Comissão de Educação, deputado Comte Bittencourt (PPS), o orçamento da Faperj chegou a cerca de R$ 400 milhões. O parlamentar defende que todo o dinheiro seja aplicado apenas em pesquisas: “Decidimos debater a aplicação desses recursos na ponta para evitar que sejam usados de maneira incorreta. É importante que as universidades não usem recursos da Faperj para outras iniciativas que não com pesquisa, inovação, ciência e tecnologia”.
O deputado se referia ao uso de parte do dinheiro para despesas em obras, como na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. “Na falta de recursos para a construção e manutenção de novas salas e prédios de pesquisa, temos que usar o dinheiro que vem da Faperj”, disse Elvira Carvajal, da sub-reitoria de pós-graduação e pesquisa da Uerj.
Já o subsecretário estadual de Ciência e Tecnologia, Miguel Badenes, explica que 3% do orçamento da Faperj são destinados para essas obras. “O grande problema é que esse percentual em geral é ultrapassado e afeta a área de pesquisa da universidade”, explicou.
Comte adiantou que vai realizar novos debates sobre o assunto no segundo semestre: “Essa primeira audiência foi muito produtiva, mas o assunto é delicado e precisa de atenção”. 
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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