sexta-feira, 30 de março de 2012
RIO TERÁ BANCO DE DADOS COMO O DE LONDRES SOBRE LEGADO DOS MEGAEVENTOS
A cidade do Rio seguirá o exemplo de Londres e montará um banco de dados com todas as informações relevantes para o crescimento ordenado e sustentável a partir da realização de uma olimpíada. É o que garantem os participantes do simpósio “Rio-Londres: cidades olímpicas e painel interuniversitário megaeventos esportivos”, que teve seu primeiro dia nesta quinta (29). O evento, que acontece no campus da Universidade Gama Filho, no Shopping Downtown, Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio, está sendo organizado pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a instituição de ensino superior, e termina nesta sexta (30).
O objetivo deste banco de dados é reunir informações relevantes, como o número de empresas em cada local da cidade, renda média de cada região, investimentos do estado em cada setor, número de obras e detalhes dos custos, assim como outras informações que possam ajudar o setor privado e a população a discutir e a desenvolver a cidade. “Vamos pegar o modelo de Londres na construção desse banco de dados para informação da população de uma maneira geral e trazer isso para o Rio. A Gama Filho está reunindo esses documentos e iremos criar uma janela dentro do portal do Fórum (www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br), para que essas informações fiquem disponíveis para a população e para os gestores públicos”, explicou a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha.
O trabalho de Londres que inspirou a iniciativa foi apresentado na cerimônia. Coordenador dos Estudos de Impacto Social da Olimpíada de Londres da Universidade de East London e um dos palestrantes do evento, Allan Brimicombe explicou como funciona o banco de dados de seu país. “Em 2011, foram mais de três mil lançamentos de dados à população. Para 2012, estão previstos mais de 17 mil lançamentos. Esses lançamentos trazem informações de todas as obras da cidade e o ganho que cada região teve com essas obras e os investimentos. O banco de dados conta ainda com os números relevantes da área de saúde, segurança e educação, entre outras. São informações e estatísticas que podem servir para a área acadêmica acompanhar a evolução e desenvolver pesquisas”, destacou.
O coordenador do evento e professor da Universidade Gama Filho, Larmatine da Costa, explicou como está ocorrendo a organização de documento semelhante no Rio. “Esse é um desafio. Nós não chegamos ao ponto de transformamos essa iniciativa em um Plano de Governo, como foi feito em Londres. Mas, nós da Gama Filho nos juntamos a outras universidades para montarmos algo parecido. É um repositório de informações. É um ponto de partida para que possamos reunir esse conjunto de informações, com o objetivo de ajudar no desenvolvimento da cidade. A contribuição acadêmica é muito importante”, avaliou.
Já o presidente da Comissão Especial para acompanhar o legado dos eventos esportivos de 2014 e 2016 da Alerj, deputado Nilton Salomão (PT), elegeu o trabalho de revitalização em áreas degradadas como a principal contribuição que cidades como Londres e Barcelona deixaram para o Rio. “Estamos vendo aqui a presença das universidades no processo de discussão e a grande contribuição dos londrinos. Essa troca é muito importante. Queremos o resgate de áreas deterioradas, como a região do Porto, no Centro da capital fluminense. Já vimos isso sendo muito bem feito, como foi o exemplo citado hoje, com a cidade de Londres e o clássico exemplo de Barcelona”, comentou Salomão.
O simpósio continuará suas atividades nesta sexta, de 8h as 19h, no Shopping Downtown. O evento está reunindo pesquisadores de 23 universidades brasileiras e especialistas da Universidade de East London para debater o legado das Olimpíadas e as transformações urbanas.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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