O vice-presidente do sindicato que reúne os empresários de ônibus da capital, Otacílio Monteiro, revelou nesta terça (03) que os cerca de 9 mil coletivos que circulam no Rio terão botões de pânico para que os motoristas alertem a polícia em casos de ataque de vândalos e criminosos. A novidade foi anunciada durante audiência da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
O sistema já é adotado na frota que circula pelos corredores expressos Transoeste e Transcarioca e, segundo o dirigente, as imagens do interior dos veículos serão enviadas para o centro de operações construído no Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, e, de lá, à Polícia Civil. Tudo em tempo real, através de GPS. "Estamos criando uma central de controle para a operação de ônibus no Rio através de imagens e posicionamento dos veículos por GPS, que chegarão em tempo real à Polícia Civil no caso de qualquer ação criminosa, trazendo maior segurança aos usuários", explicou Monteiro.
De acordo com Otacílio Monteiro, só nos quatro dias de paralisação de rodoviários, em maio, 48 foram ônibus incendiados e 723 depredados, causando um prejuízo estimado R$ 2,16 milhões e prejudicando os mais de 3 milhões de usuários diários. Por sua vez, o presidente da comissão, deputado Marcelo Simão (PMDB), pretende discutir com o Tribunal de Justiça e o Ministério Público o enquadramento de vândalos em crimes mais rigorosos do Código Penal, na próxima audiência do colegiado. "Quem coloca fogo em ônibus com trabalhadores dentro está praticando uma tentativa de homicídio. Quem joga uma pedra no vidro de um ônibus corre o risco de praticar um crime de lesão corporal. Precisamos de punições mais rígidas para evitar esses casos", disse o parlamentar.
Comandante do 1º Comando de Policiamento de Área, o coronel Rogério Leitão concorda que o enquadramento dos vândalos em crimes de menor potencial ofensivo, como dano ao patrimônio, é o principal motivo para a reincidência dos casos: "Os policiais só conseguem efetuar prisão em casos de flagrante e, muitas vezes, o vândalo consegue liberação da delegacia antes do próprio policial que o prendeu", contou o oficial.
Comunicação Social da Alerj
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