A Câmara de Vereadores de Niterói organiza na próxima segunda-feira (19), às 18 horas sessão solene em homenagem ao centenário da Academia Fluminense de Letras, por iniciativa do presidente da casa, vereador Paulo Bagueira. Presidida pelo ex-prefeito de Niterói, Waldenir Bragança, a AFL completa cem anos em 22 de julho.
Fundada em 1917, a Academia Fluminense de Letras é uma associação civil de caráter cultural, com sede em Niterói. Alguns de seus principais objetivos são estimular e promover a cultura, as ciências sociais e as artes, a valorização do Idioma e das letras nacionais.
“Como polo irradiador e concentrador de cultura também devemos contribuir para a preservação da memória dos vultos que se distinguiram na história literária, especialmente a do Estado do Rio de Janeiro. Temos o dever de apoiar iniciativas e eventos literários, sócio culturais e entidades voltadas para o desenvolvimento das publicações literárias e artísticas, a memória e a história do Estado do Rio de Janeiro”, ressalta o presidente Waldenir Bragança.
“Para a Câmara de Vereadores é uma honra poder realizar uma sessão solene em homenagem a uma das mais importantes academias de nosso país. Recentemente estive junto com o vereador João Gustavo, com o presidente da AFL onde propusemos a realização da Sessão Solene”, destaca Bagueira.
HISTÓRIA
O então governador do Estado do Rio, Ary Parreiras, à época chamado de presidente do Estado, ao dar como inaugurada a sede da instituição literária, em 1934, enfatizou em seu discurso que “a Academia Fluminense de Letras realiza um dos mais belos setores da atividade social, a sua finalidade cultural; e, por isso, tem do poder público o amparo e a coadjuvação que tanto merece. É com a maior satisfação que, atendendo ao convite do ilustre presidente da Academia, declaro inaugurada a sua sede definitiva, modesta homenagem do Governo à cultura e às tradições fluminenses”.
Entre os objetivos da AFL estão ainda apoiar e incentivar a participação de Academias na formulação e implementação de políticas culturais de interesse da comunidade fluminense; colaborar com estudos e pesquisas, programas e projetos sobre a memória e a história cultural do Estado do Rio; prestar assessoria e consultoria, sempre que solicitado, e opinar sobre questões relacionadas com a cultura, as artes, as ciências sociais e a história; e fomentar a cooperação e o intercâmbio entre academias e entidades congêneres.
Formada por 50 acadêmicos teve sua sede definida pela Lei 2.162, de 07 de novembro de 1927, decretada por Feliciano Pires de Abreu. O Artigo 1º dizia que “o Governo instalará a Academia Fluminense de Letras no corpo central do pavimento superior do edifício da Biblioteca Pública do Estado, que será para esse efeito convenientemente adaptada”. Diz ainda a Lei que “administração da sede, que será privada da Instituição, competirá à sua diretoria, cabendo a sua conservação à Biblioteca. Para o custeio do expediente e auxílio à publicação da sua revista, o Governo subvencionará a Academia com a importância de Cr$ 7.200000 anuais em quotas de 600000”.
Pela cadeira hoje ocupada por Waldenir Bragança desde 2012 já passaram como presidentes Epaminôndas de Carvalho, entre os anos de 1917 e 1918; Homero Pinho, de 1918 a 1919); Belisário de Sousa (sem registro); Joaquim Peixoto (1919-1920); Cônego de Olímpio de Castro (1920-1922); Epaminôndas de Carvalho (1922-1923); Quaresma Júnior (1923-1926); Cônego de Olímpio de Castro (1926-1928); Carlos Maul (1928-1930); Tomé Guimarães (1930-1932); Figueira de Almeida (1932-1934); Horácio Campos (1932-1936); Júlio Eduardo da Silva Araújo (1936-1938); Alberto Fortes (1938-1940); Júlio Eduardo da Silva Araújo (1940-1944); Alberto Fortes (1948-1952); Carlos Maul (1952-1954); Alberto Fortes (1954-1962); Alberto Francisco (1962-1970); Geraldo Bezerra de Menezes (1970-1974); Albertina Fortuna Barros (1974-1978); Lya de Almeida (1978-1979) e Edmo Rodrigues Lutterbach (1979-2011).
Ascom CMN
Edição: Camilo Borges