As escadarias do Palácio Tiradentes serviram, nesta sexta (20), de espaço para uma manifestação pacífica de alunos do Instituto Nacional do Ensino para Surdos (Ines) e do Instituto Benjamin Constant (IBC), que reivindicam melhorias nas leis de educação voltadas para os portadores de deficiência. Os manifestantes foram recebidos pelo presidente da Comissão Permanente de Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência (PPD), deputado Márcio Pacheco (PSC). “É uma manifestação que não é barulhenta externamente, porém nos toca profundamente como um estrondo em nossos corações e em nossa consciência. Faremos de tudo para que junto com a Alerj consigamos atender às demandas desses cidadãos que merecem uma educação de qualidade, como todos os outros”, afirmou Pacheco.
Vice-presidente do Grêmio Estudantil do Ines, Marcela Carla da Silva disse que o objetivo era chamar a atenção para os problemas educacionais dos portadores de deficiência. “Não desejamos ir contra os governantes, o que queremos é ser tratados como seres humanos, com direito ao acesso à língua dos sinais e a uma educação de qualidade”, explicou ela, demonstrando preocupação com o futuro das crianças surdas no Brasil. “Para evitar um prejuízo irreversível na educação das crianças com deficiência auditiva são necessárias medidas que tirem nossa educação especial da precariedade e nos dê a oportunidade de um ensino bilíngue em escolas que possamos escolher, dando abertura à comunidade dos deficientes para a sociedade e vice-versa”, completou a vice-presidente do grêmio estudantil.
O deputado Márcio Pacheco afirmou que pretende antecipar a realização de uma audiência pública na Alerj para discutir os problemas enfrentados pelo Ines e pelo IBC. “É fundamental que antecipemos a audiência pública marcada para o fim de junho, pois temos de discutir os direitos desses cidadãos antes que o Plano Nacional de Educação seja votado, o que ocorrerá antes desta data”, explicou o presidente da comissão. Em março deste ano, a diretora nacional de Políticas Educacionais Especiais do MEC, Martinha Claret, anunciou o fechamento, das duas unidades, no final deste ano letivo.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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