segunda-feira, 29 de agosto de 2011

CPI DO TRÁFICO DE PESSOAS DO SENADO FEDERAL CHEGA AO RIO E FAZ REUNIÃO


Depois de quatro meses de instalação, a Comissão Parlamentar de Inquérito do Tráfico Nacional e Internacional de Pessoas do Senado Federal chegou à cidade do Rio e realizou, nesta segunda (29), uma reunião na Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro. O Rio é um dos 12 municípios que vêm recebendo diligências da CPI em todo o País. A relatora da comissão, senadora Marinor Brito (PSol-PA), lembrou que a cidade é considerada “receptora do tráfico nacional de pessoas”. “Este é um tema de grande importância, porém pouco discutido nos dias de hoje. É necessário fazer este alerta e alterar a legislação ou criar alternativas para que esse tipo de crime seja evitado”, alertou.

Durante a reunião, senadores, deputados federais e estaduais e representantes da sociedade civil discutiram diversos temas ligados ao assunto, como o trabalho escravo. A senadora Marinor citou relatório da Pesquisa Nacional sobre o Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes, de 2002, em que o Sudeste ocupa o segundo lugar no ranking das regiões brasileiras com maior incidência de trabalho infantil na faixa de sete a nove anos e aparece na primeira posição quando se trata de crianças de dez a 14 anos. O tráfico humano, ainda segundo a relatora da CPI, movimenta cerca de US$ 32 bilhões por ano em âmbito mundial.

Presente na reunião, o deputado Marcelo Freixo (PSol) classificou a CPI como um instrumento de extrema importância: “é o primeiro passo para que os temas sejam debatidos e haja um plano de melhorias no nosso País. Há muitos desaparecidos e não podemos negar os problemas enfrentados para se fazer o registro de desaparecimento. São casos que podem estar ligados ao tráfico humano. Unir forças e conhecer o assunto é necessário para que consigamos diminuir esse crime”. A deputada Janira Rocha (PSol) acredita que promover campanhas para informar a população sobre o tráfico poderia ajudar na prevenção contra esse tipo de crime.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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