quarta-feira, 17 de agosto de 2011

DEPUTADOS QUEREM NOVAS SOLUÇÕES PARA TRATAR 15 MIL TONELADAS DE LIXO


As diversas possibilidades para a geração de energia através do lixo no estado foram abordadas durante audiência pública da Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, realizada nesta quarta (17). A presidente da comissão, deputada Aspásia Camargo (PV), pretende convocar o colegiado para uma nova reunião com o objetivo de debater saídas para as 15.760 toneladas de resíduos urbanos fluminenses produzidos por dia. “Queremos ouvir de empresas da área que novas tecnologias seriam viáveis para o Rio na implantação do maior número de usinas de geração de energia através do lixo, já que, segundo a presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Marilene Ramos, até 2014, não existirão mais lixões no estado”, explicou Aspásia.

Marilene afirmou que, em 2007, existiam 48 lixões utilizados diariamente pelas prefeituras. Por meio do projeto “Lixão Zero” do Governo do estado, a presidente do Inea acredita que, daqui a três anos, todos serão erradicados. “Pretendemos não só acabar com todos os lixões oficiais, como remediá-los. Não podemos esquecer que, apesar de serem desativados, estes lixões representam um perigo ecológico para a sociedade durante muitos anos. Como uma alternativa a estes lixões, contamos com novos aterros sanitários consorciados, como é o exemplo dos aterros de Teresópolis e de Itaboraí”, declarou. Segundo Marilene, o Inea pretende, até o final deste ano, lançar um edital para apresentação de projetos de geração de energia a partir do lixo. Alguns dos projetos serão subsidiados pela Secretaria de Estado do Ambiente, para a erradicação, também, dos aterros sanitários.

Para a vice-presidente da comissão, deputada Lucinha (PSDB), o Brasil está muito atrasado em relação às políticas de coleta seletiva e reciclagem. “Com certeza, a solução do futuro para o lixo são as usinas de geração de energia. Porém, nosso País e, sobretudo, nosso estado deixam a desejar quando o assunto é reciclagem. Precisamos urgentemente de novas tecnologias para o tratamento de nosso lixo, já que a população das áreas mais pobres do estado sempre é prejudicada com a criação de novos aterros”, lembrou Lucinha, que discorreu sobre denúncias de irregularidades que têm recebido sobre o funcionamento do lixão do Babi, em Belford Roxo. De acordo com Marilene, o lugar será transformado em aterro sanitário nos próximos anos.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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