sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

DEPUTADA FARÁ QUEIXA CONTRA CEDAE JUNTO AO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL


A Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pela deputada Aspásia Camargo (PV), fará uma queixa-crime no Ministério Público Estadual contra a Companhia Estadual de Águas e Esgotos, pela falta de informações sobre casas, condomínios e shoppings da Barra da Tijuca que não estão conectados à rede central de esgoto da estatal. De acordo com Aspásia, a ligação, que seria obrigatória, não vem sendo fiscalizada pela companhia. "Esse é um caso de queixa-crime ao MP. Vamos cobrar um plano de ação, pois temos que ter conexão com a rede da Cedae, sem redes ou tratamentos paralelos. O que estamos querendo é que haja um plano de longo prazo e, se for necessário, o setor privado entrará nisso também", disse Aspásia, que vistoriou, nesta quinta (22), a Lagoa da Tijuca e o Canal de Marapendi, na Barra, zona Oeste do Rio.

"O que poderia ser paradisíaco é um verdadeiro pesadelo. O esgoto está jorrando a céu aberto e podemos sentir o mau cheiro de longe. É crime ambiental e as autoridades não tomam as providências devidas. O problema maior é que não temos as informações oficiais necessárias. O dever do Estado é informar a real situação e esse direito não está sendo cumprido", acrescentou a parlamentar. Durante a vistoria, o despejo de esgoto e de lixo em rios, lagos e canais de águas pluviais; o adensamento populacional da região, sem planejamento prévio; a ocupação desordenada do solo; e a falta de infraestrutura foram os principais problemas encontrados no Complexo Lagunar da Baixada de Jacarepaguá.

"O Governo do estado está fazendo investimentos, inaugurou elevatórias e apresentou um percentual de tratamento. Mas, de fato, o que aconteceu foi o caos no sistema lagunar e no Canal de Marapendi. Se houvesse vontade, a Cedae deveria denunciar os ratos do esgoto, assim como denuncia os gatos de água. Mas os ratos parecem simpáticos à estatal. São vários peixes morrendo constantemente, é um crime ambiental diário. Tem gente jogando lixo e não tem ninguém fiscalizando", disse o biólogo Mário Moscatelli.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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