quarta-feira, 20 de junho de 2012

MICHELLE BACHELET RECEBE MEDALHA TIRADENTES‏

Secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas e diretora executiva da ONU Mulheres, a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, recebeu nesta terça (19), no Plenário Barbosa Lima Sobrinho da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a Medalha Tiradentes, a mais alta comenda da Casa. 

A homenagem foi feita pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Inês Pandeló (PT). A parlamentar justificou a homenagem salientando que Bachelet prestou relevantes serviços em defesa das mulheres e da igualdade de gênero. “A Michelle tem um histórica de luta pela democracia e pelos direitos humanos. Ela tem se dedicado ao 'empoderamento' das mulheres, ou seja, luta para que haja mais mulheres nos espaços de poder. A homenagem é justa”, disse.

No Rio para participar do fórum sobre igualdade de gêneros e desenvolvimento sustentável, na Conferência Rio+20, Bachelet agradeceu à homenagem, assegurando que essas iniciativas a estimulam a trabalhar ainda mais pelos direitos humanos, e, em especial, pelos direitos da mulher. “Sinto-me honrada, sobretudo por essa carinhosa recepção do Parlamento do Rio”, agradeceu.

Filha da antropóloga Angela Jeria e do general de brigada aérea Alberto Bachelet, Verónica Michelle Bachelet Jeria nasceu em 29 de setembro de 1951, em Santiago. Seu pai, colaborador do Governo Allende, morreu torturado na prisão depois do golpe de 1973, marcando sua vida para sempre. Torturada e exilada, personificou a história vivida pelo chileno de classe média.

Em 1979, voltou para o Chile e retomou os estudos: fala seis idiomas, é médica-cirurgiã, pediatra e epidemiologista. Casou-se duas vezes e tem três filhos. Com a restauração da democracia, em 1990, chegou ao Ministério da Saúde, onde ocupou inúmeros cargos. Também se engajou na normalização das relações entre civis e militares, que, na ocasião, continuava difícil.

Membro do Partido Socialista do Chile, foi ministra da Saúde do Governo Ricardo Lagos, entre 2000 e 2002, e, posteriormente, assumiu o Ministério da Defesa, tendo sido a primeira mulher a exercer esta posição na América Latina. Seu trabalho à frente da pasta lhe garantiu popularidade suficiente para ser eleita presidente do Chile em 2006, sucedendo a Lagos.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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