Secretária-geral
adjunta da Organização das Nações Unidas e diretora
executiva da ONU Mulheres, a ex-presidente do Chile Michelle
Bachelet, recebeu nesta terça (19), no Plenário Barbosa
Lima Sobrinho da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a Medalha
Tiradentes, a mais alta comenda da Casa.
A homenagem foi feita pela
presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher,
deputada Inês Pandeló (PT). A parlamentar justificou a homenagem
salientando que Bachelet prestou relevantes serviços em defesa das
mulheres e da igualdade de gênero. “A Michelle tem um histórica
de luta pela democracia e pelos direitos humanos. Ela tem se dedicado
ao 'empoderamento' das mulheres, ou seja, luta para que haja mais
mulheres nos espaços de poder. A homenagem é justa”, disse.
No Rio para participar
do fórum sobre igualdade de gêneros e desenvolvimento sustentável,
na Conferência Rio+20, Bachelet agradeceu à homenagem, assegurando
que essas iniciativas a estimulam a trabalhar ainda mais pelos
direitos humanos, e, em especial, pelos direitos da mulher. “Sinto-me
honrada, sobretudo por essa carinhosa recepção do Parlamento do
Rio”, agradeceu.
Filha da antropóloga
Angela Jeria e do general de brigada aérea Alberto Bachelet,
Verónica Michelle Bachelet Jeria nasceu em 29 de setembro de 1951,
em Santiago. Seu pai, colaborador do Governo Allende, morreu
torturado na prisão depois do golpe de 1973, marcando sua vida para
sempre. Torturada e exilada, personificou a história vivida pelo
chileno de classe média.
Em 1979, voltou para o
Chile e retomou os estudos: fala seis idiomas, é médica-cirurgiã,
pediatra e epidemiologista. Casou-se duas vezes e tem três filhos.
Com a restauração da democracia, em 1990, chegou ao Ministério da
Saúde, onde ocupou inúmeros cargos. Também se engajou na
normalização das relações entre civis e militares, que, na
ocasião, continuava difícil.
Membro do Partido
Socialista do Chile, foi ministra da Saúde do Governo Ricardo Lagos,
entre 2000 e 2002, e, posteriormente, assumiu o Ministério da
Defesa, tendo sido a primeira mulher a exercer esta posição na
América Latina. Seu trabalho à frente da pasta lhe garantiu
popularidade suficiente para ser eleita presidente do Chile em 2006,
sucedendo a Lagos.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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