quarta-feira, 6 de junho de 2012

PESQUISA INDICA AUMENTO DE TERREIROS NO ESTADO DO RIO NA ÚLTIMA DÉCADA‏

A historiadora e coordenadora da pesquisa de Mapeamento das Casas de Religiões Africanas do Rio de Janeiro, Denise Pini, afirmou que, desde o ano de 2000, foram abertas 256 novas instituições em todo o estado do Rio, o que corresponde a 30,2% das casas mapeadas no estudo. O anúncio foi feito durante a apresentação pública da pesquisa, realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, nesta terça (05). Segundo Denise, a intolerância religiosa não impede que as religiões de matrizes africanas cresçam no estado. “Durante quatro anos, mapeamos 847 casas religiosas, localizadas nos 30 municípios mais populosos do estado, com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas para as comunidades de terreiros e de ações efetivas pela liberdade religiosa”, ressaltou.

O estudo, realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio, em parceria com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial do Governo Federal e a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, apontou ainda que 51% das pessoas entrevistadas revelaram já ter sofrido algum tipo de discriminação. Para a deputada Inês Pandeló (PT), membro da Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional da Alerj, presidida pelo deputado Xandrinho (PV), são pesquisas com essa qualidade acadêmica que pautam o Governo para o desenvolvimento de ações concretas contra a intolerância religiosa.

“Em dezembro do ano passado, quando ainda estava em processo de desenvolvimento, o estudo recebeu o Prêmio Nacional dos Direitos Humanos na categoria Liberdade Religiosa, indicando o respeito não só às religiões de matrizes africanas, mas a toda pluralidade religiosa encontrada em nosso País”, reforçou a parlamentar. Segundo a pesquisadora e fundadora da Casa do Perdão, Flávia Pinto, existem 2 mil terreiros em todo o estado aguardando em uma fila de espera para serem mapeados. “Finalizamos a primeira parte de nosso projeto e, agora, dependemos de novos repasses para darmos continuidade ao mapeamento. Nosso objetivo, acima de tudo, é demonstrar um compromisso com o combate a qualquer tipo de intolerância”, concluiu.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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