Presidente da Frente
Parlamentar de Mobilização e Combate ao HIV e Tuberculose no
Estado, o deputado Gilberto Palmares (PT) pretende enviar aos candidatos a prefeito do Rio um
documento com medidas consideradas fundamentais no combate às
doenças. Dentre as ações, estão a implantação do Vale Social no
transporte municipal, com a possibilidade de até dez passagens por
mês para a realização de tratamento, e a distribuição de cesta
básica com as proteínas necessárias para os pacientes. “Sabemos
que já existe uma lei que beneficia os portadores de doenças
crônicas, mas o problema é que a norma não cita a tuberculose.
Queremos corrigir essa injustiça”, sentenciou o parlamentar,
durante debate nesta quarta (15).
O petista falou ainda
sobre a necessidade de implementação de um programa para a
qualificação de agentes comunitários. “É necessária a
qualificação urgente dos agentes de saúde em relação à
tuberculose, como enfermeiros e auxiliares. Uma proposta é que as
prefeituras reinvindiquem ao Ministério do Trabalho um programa
específico para isso”, afirmou. A pesquisadora Margareth Dalcolmo,
da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fiocruz,
informou que a cidade do Rio está, hoje, no topo do ranking da
tuberculose no Brasil. “Só na Rocinha, a taxa de infecção é de
300 pessoas para cada 100 mil casos no Rio”, apontou.
Margareth declarou
ainda que estudos recentes mostram que 82% dos portadores da doença
no estado são habitantes de áreas urbanas e cerca de 30% dos deles
morrem nas emergências. “O número de casos no Brasil teve uma
diminuição consistente nos últimos anos. O problema é que diminui
menos do que deveria: algo em torno de 2%, quando deveria ser 15%”,
completou.
Já Ana Alice Teixeira
Beviláqua, representando a Subsecretaria Municipal de Saúde do Rio,
reforçou a questão do tratamento que os profissionais de Saúde
devem dar ao paciente: “Para evitar o abandono do tratamento, tem
que se fazer uma boa acolhida. O paciente deve ser informado sobre as
etapas da doença e do tratamento e, inclusive, deve receber
informações sobre a medicação, sua forma de uso e sua reações.
Assim, poderá retornar ao posto ou hospital sempre que tiver alguma
dúvida ou reação adversa”, pontuou.
A mesa foi composta
também pela superintendente de Segurança Alimentar da Secretaria de
Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudia Regina
Fernandes, e pela cordenadora-geral do Cedaps (Fórum ONG TB/RJ),
Wanda Lúcia Branco Guimarães.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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