sexta-feira, 12 de outubro de 2012

DECISÃO DO STF PERMITE QUEBRA DE SIGILO, DIZ PRESIDENTE DE CPI‏

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que investiga denúncias contra as universidades particulares no estado enviará à Receita Federal ainda nesta quinta (11) ofício solicitando a quebra dos sigilos fiscal e bancário das instituições privadas de ensino Superior do Rio. O presidente da CPI, deputado Paulo Ramos (PDT), lembrou que solicitações já haviam sido encaminhadas, porém a Receita Federal alegou que algumas instituições de ensino possuíam imunidade. 

Agora a CPI conta com aval do Supremo Tribunal Federal para a quebra dos sigilos junto à Receita Federal. "A Alerj conquistou a decisão do STF que diz que toda CPI de assembleia legislativa tem poderes para pedir quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico", afirmou o parlamentar. Preocupado com possíveis dificuldades que possa enfrentar, o pedetista afirmou que vai pedir a atuação da Procuradoria da Alerj para que a decisão da CPI seja respeitada.

Na reunião desta quinta, a comissão ouviu os depoimentos do representante da União Estadual dos Esudantes, Igor Mayworm, e do Centro Acadêmico da Universidade Cândido Mendes da Tijuca, Leonardo Torres. Os estudantes denunciaram aumentos irregulares das mensalidades, demissão em massa de funcionários e professores e unidades com estrutura precária, entre outros problemas. "O ensino superior privado no Brasil carece de regulamentação. Os aumentos nas mensalidades são feitos sem aviso prévio e sem passar por conselhos universitários que contem com a participação de representantes do corpo discente", argumentou Igor.

O relator da CPI, deputado Robson Leite (PT), acredita que, após as denúncias feitas hoje pelos estudantes, torna-se ainda mais necessária a presença de um delegado do Ministério da Educação. "Vimos que há um processo de fraude das avaliações das universidades. Como é o caso das bibliotecas, que são transportadas entre os campi para burlar a fiscalização do MEC", esclareceu o deputado.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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