quarta-feira, 28 de novembro de 2012

POLICIAIS E BOMBEIROS VITIMADOS REIVINDICAM AUMENTO DO TRIÊNIO


A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro criada para analisar a situação de policiais civis e militares e bombeiros vitimados em serviço ouviu, nesta terça (27), as queixas de servidores da Segurança. O presidente da comissão, deputado Wagner Montes (PSD), explicou os principais problemas da categoria: “Todos reclamam da retirada de parte do triênio que haviam conseguido servindo à corporação, mas que, a partir da reforma por atos de serviço, a maioria parou de receber. Com isso, após serem reformados, passaram a ganhar menos, exatamente no momento em que suas necessidades e gastos aumentaram, pois sofreram sequelas”.

Segundo os manifestantes, o estado diminuiu o valor dos triênios, gratificações por tempo de serviço e, em alguns casos, descontou, de maneira indevida, valores que os servidores teriam direito a receber. “Esses cortes não teriam sido comunicados aos policiais. As reivindicações também são referentes ao abandono do estado, com relação à parte psicológica daqueles que foram vitimados em serviço, e à falta de medicamentos”, acrescentou Wagner Montes. O relator da comissão, deputado Flávio Bolsonaro (PP), enfatizou as condições de abandono e cobrou apoio do Governo para a recuperação dos vitimados.

“É importante que a comissão possa cobrar as soluções de quem constitucionalmente tem o poder para resolver o problema, que é o Executivo estadual. Vamos levar para a discussão todos esses problemas de injustiça contra as pessoas que recebiam os triênios integrais há mais de 20 anos e, por uma ação recente da Procuradoria Geral do Estado, perderam o dinheiro que era usado para custear seus gastos com a saúde”, afirmou Bolsonaro.

Compareceram à reunião policiais e bombeiros que perderam partes do corpo e movimentos ou sofreram danos psicológicos e, hoje, estão impossibilitados de exercer suas funções. Josiel Aguiar, que, após reagir a um assalto, foi atingido por cinco tiros e teve os movimentos do braço direito comprometidos, tinha 24 anos de serviço na ocasião, mas, mesmo assim, não conseguiu ser reformado pela PM. Foi posto em situação de reserva e se sente prejudicado por isso. “Se não tivesse sofrido o acidente, teria conseguido duas promoções nesse período de cinco anos que estou afastado, mas isso não foi possível por causa das sequelas”, lamentou.

O bombeiro aposentado Jaime Barros de Andrade acidentou-se durante o serviço e fraturou a quarta vértebra da coluna. “Estava cortando os galhos de uma árvore, um deles caiu e eu caí junto”, contou. “Eu só queria que devolvessem os direitos que nos foram tirados, como a perda dos triênios, por exemplo. Isso não é justo, pois não pedi para sair. Fui vítima de uma fatalidade”, declarou.


Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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