sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Rodrigo Neves decreta emergência na saúde de Niterói

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, assinou nesta quinta (24) um decreto de emergência na saúde do município. Por esta medida, será formado um gabinete de crise que será coordenado pelo secretário municipal de Saúde, Chico D´Ângelo e terá a participação das secretarias de Governo, Conservação e Serviços Públicos, Fazenda, além da Nitrans e da Emusa, que vão ajudar com ações para resolver a crise na saúde de Niterói. O decreto foi assinado na unidade de emergência Mário Monteiro, em Piratininga, na Região Oceânica.

Segundo o prefeito, o decreto terá validade de 90 dias, prorrogáveis por igual período mas que pode ser revogado se, no período, a Prefeitura conseguir reveter o quadro de caos no setor.
"Herdamos uma situação crítica e dramática do ponto de vista financeiro e essa crise reflete na prestação dos serviços à população. Esse decreto é uma resposta planejada da Prefeitura de Niterói no sentido de restabelecer a assistência de saúde à população, o abastecimento nas unidades, viabilizar a contratação de profissionais de saúde já que boa parte da rede e recuperar fisicamente as unidades. A saúde de Niterói está na UTI e nosso objetivo é reverter rapidamente essa situação. Não vamos transformar o sistema de saúde de Niterói em sistema de excelência da noite para o dia. Meu compromisso com a população é, até o fim do mandato, em 2016, entregar um serviço de saúde de excelência para que a população possa ser atendida com dignidade. Não é possível que Niterói, que está entre as 100 cidades mais populosas do Brasil esteja na 96ª posição no índice de atendimento do SUS, sendo que Niterói é a cidade com o maior número de médicos por habitante", disse o prefeito.

Entre as ações que serão implementadas pela Prefeitura está a reforma e adequação física de nove unidades básicas de saúde (Morro do Estado, Cantagalo, Mata Paca, Maravista, Santa Bárbara, Varzea das Moças, Preventório, Baldeador e Souza Soares), a requalificação das unidades Mário Monteiro e Policlínica do Largo da Batalha que passariam a atuar nos moldes das UPAs. Só nas ampliações e reformas dos postos de saúde, será feito um investimento de R$ 20 milhões repassados pelo governo federal e uma contrapartida do município.

O secretário municipal de Saúde, Chico D´Ângelo afirmou que faz parte também do conjunto de medidas a serem adotadas pela Prefeitura a obra da emergência e da UTI do Hospital Getulinho, no Fonseca. No início deste mês, cumprindo uma das bandeiras da campanha de Rodrigo Neves, a emergência pediátrica foi reaberta e está funcionando como um hospital de campanha. Em 20 dias, cerca de 3.000 crianças já foram atendidas.
O titular da pasta lembrou que, logo quando a nova administração assumiu a Prefeitura, encontrou uma situação de depreciação do sistema de saúde do município e cita o caso da Mário Monteiro como exemplo.
"A unidade estava com as lâmpadas queimadas, a grama alta, sem respiradores, o raio X não funcionava, os elevadores estavam parados. Já resolvemos o problema do raio X e dos respiradores. Era um cenário e hoje já é outro", disse o secretário.

O prefeito Rodrigo Neves afirmou que, apesar dos problemas financeiros que herdou, o trabalho da Prefeitura não parou e atribui isso à união com os governos federal e estadual. "Graças a união com os governos federal e estadual conseguimos formar uma carteira de projetos que garantiram recursos e investimentos de R$ 400 milhões. Já reabrimos a emergência do Getulinho e criamos o programa de recapeamento das ruas", disse o prefeito. Participaram da assinatura do decreto o procurador geral do município, Carlos Raposo, e a vice-presidente da Fundação Municipal de Saúde, Elaine Lopez.

Ascom PMN
Edição: Camilo Borges

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