quinta-feira, 16 de maio de 2013

CAMPANHAS CONTRA EXPLORAÇÃO SEXUAL SERÃO SUGERIDAS EM PROJETO DE LEI‏

Em audiência pública sobre exploração sexual nos grandes eventos que serão realizados na cidade do Rio de Janeiro, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro, deputada Inês Pandeló (PT), disse, nesta quinta (16), que o colegiado vai elaborar um projeto de lei para a criação de campanhas de conscientização sobre o assunto. “Vamos ter grandes eventos internacionais, como a Copa e as Olimpíadas, e temos a preocupação da violência sexual contra mulheres, crianças e adolescentes. A criação de um projeto de lei ficou muito fortalecida, porque, em todas os discursos da cerimônia, foi enfatizada a importância da conscientização da população. E é isso que o texto pretenderá que seja feito pelos governos, incluindo os diversos poderes”, ressaltou a parlamentar.
De acordo com Juliana Petroceli, do Programada Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, do Governo federal, serão criados espaços de convivência temporários para abrigar esses jovens durante os grandes eventos. “Estados, Distrito Federal e prefeituras vão organizar espaços dentro da agenda de convergência para as crianças ficarem em locais protegidos”, explicou. A Fundação para a Infância e a Adolescência possui núcleos de atendimento com psicólogos e pedagogos para acolher menores violentados. Segundo a presidente da FIA, Thereza Consentino, serão criados comitês de enfrentamento à exploração sexual nas cidades-sede dos grandes eventos. “Queremos que esse comitê seja permanente, uma vez que o réveillon e o carnaval nos preocupam também”, comentou.

A secretária Especial de Política para as Mulheres do Município do Rio, Ana Rocha, divulgou projetos para qualificar mulheres por meio de cursos profissionalizantes de hotelaria e línguas, promovendo capacitação para que elas trabalhem nesses eventos e fiquem longe da violência sexual. O Ministério Público do Rio demonstrou preocupação em escutar as vítimas desse tipo de crime. Em uma iniciativa conjunta com as secretarias de Saúde e de Segurança, serão criados centros de atendimento referenciados em unidades de saúde pública cariocas. “Esses centros irão concentrar exames médicos legais, escuta qualificada da criança, atendimento de saúde e responsabilização criminal do autor do abuso sexual”, destacou a promotora Clisânger Ferreira Gonçalves.

Além disso, está sendo elaborada uma cartilha que será distribuída aos policiais militares das unidades de Polícia Pacificadora e à Polícia Rodoviária Federal que atuam em áreas com alto índice de prostituição, violência e exploração sexual. “A finalidade é sensibilizar, encorajar e qualificar esses agentes da lei com o objetivo de abordarem e responsabilizarem aqueles sujeitos que estejam praticando crimes sexuais contra crianças e adolescentes, além de encaminhar jovens para a proteção” destacou. 

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher volta a se reunir para debater o tema no dia 22 de agosto, às 10h, em uma nova audiência no Plenário Barbosa Lima Sobrinho do Palácio Tiradentes.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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