Em sessão extraordinária, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro anistiou administrativamente, nesta terça (06), os bombeiros e policiais militares envolvidos nos movimentos reivindicatórios ocorridos entre janeiro e março de 2012. O indulto, tema de projeto de lei, foi assinado por 63 deputados e segue para o governador Sérgio Cabral, que, segundo o presidente da Casa, deputado Paulo Melo (PMDB), se comprometeu a sancionar a medida. Melo, que disse discordar do comportamento dos militares, que, segundo ele, “agiram em desacordo com o regimento da corporação”, explicou que decidiu colocar a proposta dos colegas em votação após ver a sanção, hoje, da presidente Dilma Rousseff ao projeto que anistiou o grupo criminalmente. “Quando a presidenta da República anistia o apenamento maior, que é o criminal, se torna injusto que não façamos a anistia menor, das penas administrativas”, argumentou.
A proposta foi muito comemorada em plenário e nas galerias, onde um grupo de bombeiros aguardava o resultado da votação. “A Casa está ajudando estes profissionais a superar este sofrimento, que foi muito agudo”, disse o deputado Paulo Ramos (PDT). Porta-voz e um dos principais líderes do movimento dos bombeiros, o cabo Benevenuto Daciolo explicou que, além da anistia às punições menores, esta medida garante a reintegração de 14 bombeiros expulsos. “É uma grande vitória para estes pais de família”, frisou. De acordo com a deputada Janira Rocha (Psol), a medida beneficiará da mesma forma três policiais militares expulsos.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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