sexta-feira, 9 de agosto de 2013

COMISSÃO DE SANEAMENTO AMBIENTAL DISCUTE BANIMENTO DO MERCÚRIO

A Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa iniciou hoje as discussões para a proibição de uso do mercúrio em todo o Rio de Janeiro. Segundo o presidente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Instituto Brasil Pnuma, Haroldo Matos, a contaminação humana pela substância é um dos maiores riscos à saúde. Uma vez na corrente sanguínea, o metal pode provocar doenças neurológicas e até câncer.

Uma das medidas propostas pela presidente da comissão, deputada Aspásia Camargo (PV), é a proibição de fabricação, comercialização e uso de mercúrio no estado. A deputada já até apresentou um projeto de lei prevendo o banimento do metal e elegeu o tema como prioridade. "Queremos evitar riscos de contaminação da população. Tivemos a adesão das comissões de Meio Ambiente e de Saúde para que a gente possa fazer um trabalho suprapartidário para proteção da saúde de todos", afirmou a deputada.
“O mercúrio é uma substância neurotóxica e cumulativa, ou seja, tóxica ao cérebro e não é expelida pelo organismo. Essa substância está presente nas tintas, lâmpadas, termômetros, amálgamas utilizadas para obturação dentária e até em alguns produtos de higiene e medicamentos. É muito difícil detectar se alguma doença foi causada por acúmulo de mercúrio no corpo humano. Por isso, temos que erradicar o seu uso”, afirmou Olympio Faissol, fundador da Sociedade Brasileira de Reabilitação Oral.
Presidente do Instituto Brasil Pnuma, Haroldo Matos lembrou um caso de contaminação em massa por mercúrio. “A contaminação por mercúrio é uma das mais perigosas para a saúde humana. Nós temos vários exemplos de acidentes que aconteceram no mundo inteiro, a começar pelo do Japão, em 1956, na cidade de Minamata, onde a população foi toda contaminada por resíduos de mercúrio que uma fábrica despejava pelos afluentes da região”, contou Matos, ressaltando a importância do debate na Comissão de Saneamento Ambiental: “Esta audiência se adianta ao tema que será tratado, podendo levar o Estado do Rio a ser um exemplo na questão da eliminação do uso do mercúrio”.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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