quinta-feira, 22 de agosto de 2013

COMISSÃO QUESTIONA REMOÇÃO DE COMUNIDADE NA ILHA DO GOVERNADOR

A Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro vai pedir ao Governo federal informações sobre a possível remoção de cerca de seis mil moradores da comunidade de Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona Norte do Rio. O anúncio foi feito pela presidente do colegiado, deputada Clarissa Garotinho (PR), nesta quinta (22), durante audiência pública onde o processo de concessão e expansão do Aeroporto Internacional Tom Jobim e o seu impacto nas comunidades vizinhas foi discutido. “Queremos buscar, através da Lei de Acesso à Informação, os dados que o Governo federal vem negando à população até hoje. O que a gente quer é saber se Tubiacanga sai ou se Tubiacanga fica”, questionou Clarissa.

Com a previsão do leilão de concessão do aeroporto marcada para o dia 31 de outubro, os moradores da comunidade estão preocupados com a possível remoção da população local. Segundo o presidente da Associação de Pescadores Livres de Tubiacanga, Alex Sandro dos Santos, os estudos para a ampliação do aeroporto foram concluídos em abril deste ano e indicam a construção da terceira pista em toda área de Tubiacanga, havendo a necessidade de remoção e realocação dos moradores para outras regiões da cidade. “Viemos aqui hoje cobrar a manutenção das nossas casas. O estudo diz que a comunidade tem que ser removida. A comunidade está lá bem antes da construção do aeroporto”, salientou Alex.
Ele reclamou ainda de uma audiência pública, realizada no dia 18 de julho, no aeroporto de Jacarepaguá, no escritório da Agência Nacional de Aviação Civil. “A audiência foi realizada fora da Ilha, o que dificultou a participação dos moradores e nós sequer fomos avisados”, completou. Clarissa disse que pretende invalidar essa audiência pública. “Vamos mover uma ação questionando a validade da audiência pública que aconteceu na Barra da Tijuca. O que justifica uma audiência que afeta moradores da Ilha do Governador ser realizada do outro lado da cidade?”, questionou. 
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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