sábado, 17 de agosto de 2013

CPI DO TRÁFICO DE CRIANÇAS RECEBE DADOS DE CPI DO CONGRESSO NACIONAL

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa para investigar o tráfico de crianças no estado recebeu, nesta sexta (16), a deputada federal Andreia Zito (PSDB). A parlamentar entregou ao grupo o relatório final da CPI criada no Congresso Nacional, em 2005, para apurar o desaparecimento de crianças e adolescentes. A parlamentar foi relatora da CPI e afirmou que o objetivo dos criminosos é praticar abuso sexual, trabalho escravo e venda de órgãos.

 
A parlamentar disse que falta um banco de dados nacional para que as polícias estaduais troquem informações sobre esse tipo de crime. “O desafio é convencer o governo federal da importância de dar prioridade ao combate deste tipo de crime”, ressaltou, elogiando uma iniciativa do governo de São Paulo, sobre envelhecimento das imagens das crianças desaparecidas, para saber como elas seriam hoje. 

O diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada da Polícia Civil, Fernando Reis, reforçou a necessidade da criação de um banco nacional de dados efetivo e comentou que isso já ocorre no Estado do Rio. O delegado apontou para o fato de que o tráfico de crianças envolve a atuação de organizações criminosas internacionais, que, segundo ele, contariam com a conivência de agentes públicos.

Já a delegada Barbara Lomba, diretora da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, contou que houve cerca de 90 desaparecimentos neste ano, com 80% dos casos solucionados. “O ideal é que a investigação seja conduzida por quem a iniciou, iniciando imediatamente as diligências. Sabemos, porém, que nem sempre isso é possível”, destacou a delegada, lembrando que, após 15 dias do desaparecimento, esses casos são encaminhados para a Delegacia de Homicídios.

Para o presidente da CPI, deputado Paulo Ramos (PDT), é necessário criar procedimentos para cada órgão envolvido nas investigações para que as informações sejam cruzadas entre si. 

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

Nenhum comentário:

Postar um comentário