sexta-feira, 20 de setembro de 2013

COMISSÃO DE SAÚDE DISCUTE VIOLÊNCIA SOFRIDA POR MÉDICOS E ENFERMEIROS‏

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro se reuniu nesta sexta (20) para discutir a violência sofrida por médicos e enfermarias nas unidades de emergência do estado. A reunião foi convocada a pedido da deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), membro do colegiado, e as propostas apresentadas serão enviadas para as secretarias estaduais de Saúde e de Segurança Pública.

Segundo levantamento do Conselho Regional de Enfermagem e do Conselho Regional de Medicina, cinco profissionais sofrem diariamente algum tipo de violência em UPAs, centros de saúde, clínicas e hospitais. Para a parlamentar, é fundamental proteger e treinar as equipes, melhorar a infraestrutura do ambiente, criar um protocolo de registro de agressões e aumentar o número de médicos nas unidades.
“A população se sente agredida e por isso acaba agredindo. Precisamos colocar um profissional da segurança com orientações para cuidar da preservação desses profissionais e acatar o real problema, que é a falta de médicos. Esse é de fato o maior dos problemas. Por isso, vamos apresentar às secretarias as nossas propostas de curto, médio e longo prazos a fim de diminuir essa violência”, explicou a parlamentar.
As sugestões foram elaboradas a partir de um grupo de trabalho criado pela deputada e por profissionais da área de saúde, para qualificar e quantificar essas agressões. O enfermeiro Alexandre Castellar foi atacado há cerca de um ano na UPA de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Ele sofreu fraturas no nariz e teve que passar por uma cirurgia para reconstruir a face.
“O marido da paciente se enfureceu porque queria ficar ao lado da mulher na sala de hidratação da dengue. Imagina se todo acompanhante resolve permanecer nesse setor também? Não pode. Pedi que ele aguardasse do lado de fora por três vezes e ele me deu um soco que me fez apagar na hora”, contou.
Para o enfermeiro Leilton Alves, a falta de médicos, a superlotação e a demora no atendimento levam ao aumento da violência: “A população busca o atendimento nas unidades, mas não encontra e acaba descontando no enfermeiro, que é o profissional que está na ponta para atendê-lo”.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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