quinta-feira, 19 de março de 2015

PRESIDENTE DA CEDAE DIZ QUE NÃO HÁ CRISE DE ABASTECIMENTO‏

O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos, Jorge Briard, afirmou, durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que investiga a crise hídrica no Estado e a transposição do Rio Paraíba do Sul, que o Rio de Janeiro não passa por uma crise de abastecimento: “A quantidade de água que passa pelo Rio Guandu é suficiente para suprir a demanda do Grande Rio”. 
  
Segundo Briard, se a estiagem do final do ano passado se repetir este ano, a empresa tem um planejamento para que a população tenha água na maior parte do tempo. “A Cedae tem um projeto para que, caso ocorra a diminuição no abastecimento de água, todos sejam contemplados com o mínimo necessário, na maior parte do tempo. É como já se faz no verão, quando botamos em prática um plano emergencial operacional”, afirmou. 
  
Já para o presidente da CPI, deputado Luiz Paulo (PSDB), a crise é uma realidade e preocupa. “Ficou muito claro que o nível dos reservatórios que garantem um pouco a vazão do Guandu está 25% abaixo do nível, se comparado ao mesmo período do ano passado. Nós já estamos finalizando o mês de março e teremos um período de estiagem. É esperado que o ano de 2015 seja pior, do ponto de vista de abastecimento, do que o ano de 2014”, explicou o parlamentar. 
  
Soluções alternativas 
  
Luiz Paulo defendeu que a Cedae faça um planejamento estratégico caso os rios responsáveis pelo abastecimento do Estado não atinjam o volume necessário. “Analisando os índices pluviométricos de dez anos atrás, vemos que há um patamar descendente. Temos que nos preparar caso os rios não ofertem o volume de água necessário. Temos que ter soluções alternativas como a reutilização da água das lavagens dos filtros da Cedae e uma campanha maciça junto às prefeituras para captação e armazenamento da água das chuvas.”   
  
O ex-presidente da Cedae, Wagner Victer, lembrou que a gestão dos recursos hídricos não é da Cedae e que apesar de existir uma crise hídrica na região Sudeste, não houve redução de água no sistema Guandu.  “Muito antes de se falar em crise hídrica, a Cedae adotou um conjunto de medidas que evitou que o racionamento de água chegasse ao Rio”, disse Victer. “Uma dessas medidas foi a modificação da captação do sistema Guandu, o que permitiu uma redução de 190 mil litros por segundo para 140 e em alguns momentos chegaram a 110, isso é uma economia de quase 50% e tirou o rio da crise hídrica.” 
  
Na próxima quinta-feira (26), o colegiado vai se reunir com o secretário de Estado do Ambiente, André Corrêa, e com representantes do Instituto Estadual de Ambiente. 


 
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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