segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Polícia investiga a Igreja Universal do Reino de Deus

Publicado em: 31/07/2010

Texto: Augusto Aguiar (Jornal A Tribuna)

A pedido do promotor Cláudio Calo Souza, da 4ª Promotoria de Investigação Penal da 2ª Central de Inquéritos de Niterói, a Polícia Civil instaurou inquérito, no último dia 14, para apurar denúncia de estelionato contra a Igreja Universal do Reino de Deus, situada na Rua Dr. Borman, no Centro. De acordo com as denúncias, uma dona de casa teria assinado um termo de doação para a igreja de um veículo, avaliado em R$ 48 mil, além de joias (incluindo a própria aliança) que usava. Seu companheiro contesta essa atitude na justiça, afirmando que a mulher teria sofrido “lavagem cerebral”.
De acordo com informações que constam no processo movido pelo companheiro da dona de casa (um empresário), com dez anos de relacionamento e dois filhos, em março de 2007 ele adquiriu um VW Polo, por R$ 48 mil, para que a mulher pudesse levar as crianças ao colégio, e o utilizasse em outros afazeres diários. O carro foi então colocado em nome da dona de casa. Em seguida, sem que houvesse uma consulta prévia para tal, a companheira do empresário assinou um “termo de doação de veículo” já impresso em favor da Igreja Universal do Reino de Deus. Segundo o processo, o veículo foi deixado no pátio da igreja,a na Rua Dr. Borman.
Ainda de acordo com as informações encaminhadas a justiça, o veículo foi então deslocado para o bairro Jardim Catarina (São Gonçalo). O empresário ainda acrescentou que a companheiro doou para a igreja diversas jóias e a própria aliança de ouro que usava, bens avaliados em alto valor em espécie. De acordo com o documento encaminhado ao MP isso demonstraria a “lavagem cerebral” que a dona de casa estaria sendo vítima, além de “coação psicológica”, sendo “iludida com falsas promessas de retribuição divina”. “Quanto maiores fossem os valores doados, maiores seriam as graças dos céus. Estamos diante da autêntica exploração da fé alheia”, consta no processo.
O empresário está pleiteando na justiça a anulação da doação feita pela companheira, sobretudo do veículo, que foi adquirido para uso familiar e que a doação do mesmo não foi autorizada.

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